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| Fábio Vieira/Metrópoles |
Exames realizados no domingo (14/12) indicaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresenta um quadro de hérnia inguinal dupla, condição que, segundo orientação médica, deve ser tratada por meio de procedimento cirúrgico. A informação foi divulgada pela defesa do ex-mandatário após a realização de uma ultrassonografia na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde ele está custodiado.
De acordo com o advogado João Henrique de Freitas, responsável pela defesa, a avaliação apontou a existência de duas hérnias na região da virilha. “Os médicos foram claros ao afirmar que a cirurgia é o tratamento definitivo indicado para esse diagnóstico”, declarou o advogado em publicação nas redes sociais.
A realização do exame dentro da unidade da PF só foi possível após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, concedida no sábado (13/12). A medida permitiu a entrada de um profissional de saúde com equipamento portátil de ultrassom para confirmar a suspeita de hérnia inguinal bilateral, levantada anteriormente pelos advogados.
Bolsonaro está detido desde 22 de novembro na capital federal. Inicialmente, cumpria prisão preventiva, que posteriormente foi convertida em cumprimento de pena em regime fechado após o encerramento do processo relacionado à investigação sobre a trama golpista, com trânsito em julgado em 25 de novembro.
A hérnia inguinal ocorre quando parte do intestino ou tecido abdominal se projeta por um ponto frágil da musculatura da virilha, podendo provocar inchaço, dor e desconforto, especialmente durante esforços físicos.
Defesa insiste em tratamento hospitalar
A solicitação para a realização do ultrassom surgiu após o ministro do STF considerar que os laudos apresentados anteriormente eram desatualizados e determinar a realização de uma perícia médica oficial pela Polícia Federal, com prazo de até 15 dias para conclusão. Esse prazo ainda está em andamento.
Antes disso, em 9 de dezembro, a defesa protocolou pedido para que Bolsonaro fosse autorizado a realizar eventuais procedimentos cirúrgicos no hospital DF Star, também em Brasília, além de permanecer internado pelo período considerado necessário para a recuperação.
Na última quinta-feira (11/12), os advogados reforçaram o pedido ao Supremo, afirmando que havia uma recomendação médica recente e específica, assinada pelo cirurgião Claudio Birolini, destacando a urgência da realização do exame de imagem para subsidiar a avaliação pericial oficial.
Segundo a defesa, a estratégia de realizar o ultrassom dentro da PF teve como objetivo agilizar o processo e fornecer dados clínicos atualizados sem a necessidade de deslocamento do ex-presidente para fora da unidade prisional.
Da redação Estrutural On-line

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