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Foto: Jonas Pereira/Agência Senado |
Em meio à crescente tensão entre governo e oposição no Congresso Nacional, os presidentes das duas Casas adotaram estratégias distintas para garantir o andamento dos trabalhos legislativos. Nesta quarta-feira (6), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou que a sessão deliberativa desta quinta-feira (7) será realizada de forma remota, evitando o bloqueio do plenário ocupado por parlamentares da direita.
A decisão foi tomada após a ocupação do Congresso por deputados e senadores da oposição, que protestam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e exigem a votação do chamado “Pacote de Paz”. Entre as propostas do pacote estão a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF) e o fim do foro privilegiado.
— O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento — declarou Alcolumbre, reforçando o compromisso do Senado em manter os trabalhos com "responsabilidade e firmeza".
Câmara endurece com deputados oposicionistas
Na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) adotou um tom mais rígido. Ele convocou sessão presencial ainda para a noite desta quarta-feira e afirmou que não vai tolerar tentativas de impedir as votações. Segundo Motta, parlamentares que bloquearem o plenário poderão ser suspensos temporariamente e, se necessário, removidos com o apoio da Polícia Legislativa.
— Nenhuma obstrução será permitida — afirmou Motta, ao defender a continuidade dos trabalhos legislativos mesmo diante das manifestações de insatisfação da oposição.
Deputados reagem e mantêm protesto
Nas redes sociais, deputados como Marcel van Hattem (Novo-RS) e Nikolas Ferreira (PL-MG) criticaram a postura da presidência da Câmara. Nikolas afirmou que, durante uma reunião com líderes, não houve qualquer menção à possibilidade de sanções ou remoções forçadas, classificando a atitude de Motta como autoritária.
Os parlamentares da oposição afirmaram que seguirão ocupando o plenário até que suas demandas sejam pautadas. Até o momento, não há indicativo de recuo por parte do grupo, que promete manter a pressão nos próximos dias.
Da redação Estrutural On-line
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