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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay |
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo (27) que as novas tarifas de importação, que atingem diversos países, incluindo o Brasil, entrarão em vigor a partir de 1º de agosto. A declaração foi feita durante entrevista coletiva ao lado de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. “O dia 1º de agosto é para todos”, afirmou o mandatário americano, encerrando qualquer expectativa de adiamento.
A medida prevê a aplicação de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA. Em abril, os produtos nacionais já haviam sido taxados em 10%, o que elevou a tensão entre os dois países. Agora, com o novo aumento, o impacto sobre a economia brasileira pode ser ainda mais significativo.
Segundo o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, não há previsão de concessões ou adiamentos. “Não haverá extensão nem período de transição. As tarifas entram em vigor em 1º de agosto e as alfândegas vão iniciar a arrecadação imediatamente”, afirmou em entrevista à Fox News.
Diante do endurecimento por parte dos Estados Unidos, o governo brasileiro intensificou as tratativas diplomáticas. No entanto, de acordo com fontes do Planalto, o canal de diálogo com Washington está altamente centralizado no próprio presidente Trump, o que tem dificultado avanços nas negociações.
O vice-presidente Geraldo Alckmin tem se reunido com representantes da indústria e do setor produtivo para compreender os impactos da medida e buscar estratégias de enfrentamento. Uma das apostas do governo era o adiamento da implementação das tarifas, alternativa que, até o momento, não obteve sucesso.
Em resposta ao cenário adverso, o Ministério da Fazenda informou que está trabalhando com outras pastas, como o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Itamaraty, para montar um pacote de medidas emergenciais. Segundo o ministro Fernando Haddad, as ações poderão ser acionadas pelo presidente Lula caso o tarifaço entre em vigor sem alterações.
“Nós seguimos apostando na diplomacia, nunca abandonamos a mesa de negociação”, destacou Haddad. Alckmin, por sua vez, reforçou que o Brasil tem feito tudo ao seu alcance para resolver o impasse, mas alertou: “Diálogo não é monólogo”.
O governo brasileiro monitora de perto os desdobramentos e estuda medidas adicionais para mitigar os impactos sobre a economia nacional, enquanto tenta manter aberto o canal diplomático com os Estados Unidos.
Da redação Estrutural On-line
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