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Dólar recua e Bolsa sobe com cenário externo mais calmo; mineradoras impulsionam Ibovespa

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

O mercado financeiro brasileiro teve um dia de recuperação nesta segunda-feira (21/7), após a turbulência registrada no fim da semana passada. O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,56. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), avançou 0,59% e fechou aos 134.166 pontos.

O desempenho positivo foi influenciado por um alívio no cenário internacional e pela valorização de commodities, especialmente o minério de ferro. Na última sexta-feira (18/7), o movimento foi inverso: o dólar havia subido 0,73% e o Ibovespa recuado 1,62%.

Repercussão internacional e cenário cambial

A valorização do real nesta segunda acompanhou a tendência global de desvalorização do dólar frente a outras moedas. O índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — apresentava queda de 0,62% por volta das 16h. O dólar também recuava diante do peso mexicano, referência entre economias emergentes.

Essa trégua nos mercados ocorre apesar das tensões comerciais provocadas pelo anúncio do chamado "tarifaço" do governo dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump impôs um aumento de 50% em tarifas sobre produtos brasileiros, o que causou incertezas na última semana. Em resposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil continuará em diálogo com Washington e busca soluções negociadas.

Ações da Vale e minério de ferro em alta

Entre os principais motores da alta do Ibovespa nesta segunda, destacaram-se os papéis da Vale, que subiram 2,86% no fim do pregão. A valorização foi impulsionada pelo avanço no preço do minério de ferro, que teve alta de 2,08% no mercado futuro da Bolsa de Dalian, na China.

O movimento foi motivado pelo anúncio do governo chinês sobre a construção da maior hidrelétrica do mundo, localizada na região do Planalto do Tibete. Com orçamento estimado em US$ 170 bilhões, o projeto promete movimentar o setor de infraestrutura e aumentar a demanda por matérias-primas nos próximos anos.

Destaques do pregão

Além da Vale, a CSN Mineração também teve bom desempenho, com alta de quase 5%, puxada pelo mesmo contexto positivo das commodities metálicas. Outro destaque foi o Grupo Fleury, cujas ações chegaram a subir 15% após especulações sobre uma possível fusão com a Rede D’Or.

Na ponta oposta, o Grupo Pão de Açúcar liderou as perdas do dia, com recuo de 8,29%, após proposta de retirada da cláusula de “poison pill” do estatuto — mecanismo usado para evitar aquisições hostis. CVC (-4,18%) e Magazine Luiza (-3,05%) também figuraram entre as maiores quedas.

Com um cenário externo mais ameno e movimentos favoráveis de mercado, investidores retomaram parte da confiança, embora as tensões comerciais e políticas ainda mantenham o ambiente instável nos próximos dias.

Da redação Estrutural On-line

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