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Reprodução |
Moradores do Distrito Federal e de outras regiões do Brasil se surpreenderam na noite de quarta-feira (14) ao avistar uma intensa luz cruzando o céu — fenômeno que muitos imaginaram ser um meteoro. No entanto, a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) esclareceu nesta quinta-feira (15) que o brilho avistado era, na verdade, lixo espacial.
Segundo a Bramon, o objeto observado foi identificado como o segundo estágio de um foguete Falcon 9, lançado pela empresa SpaceX em agosto de 2014. A peça fazia parte da missão que colocou em órbita o satélite de comunicações AsiaSat 8, destinado a atender regiões da Ásia e do Pacífico. Após o lançamento, o estágio foi descartado no espaço, tornando-se detrito em órbita da Terra.
Com o passar dos anos, o componente entrou em processo de reentrada atmosférica, que culminou no espetáculo visual registrado em diversos vídeos nas redes sociais. As imagens, captadas por volta das 18h20, mostram um rastro luminoso cortando o céu. De acordo com o mapeamento feito pela Bramon, o objeto foi visto não só no Distrito Federal, mas também em partes de Minas Gerais, Goiás e Bahia.
"A partir da comparação das imagens com registros de objetos em reentrada, identificamos o item como o corpo do foguete Falcon 9, sob o número de catálogo Norad 40108", explicou a Bramon em nota oficial.
A confusão com um possível meteoro — ou mesmo um cometa — tomou conta da internet logo após a aparição. “Acabei de ver um cometa aqui no céu de Brasília. Ou eu diria que foi uma estrela cadente”, escreveu um usuário na rede social X (antigo Twitter). Outro internauta relatou: “Ficamos tão impressionados que nem conseguimos tirar foto. Vimos claramente esse objeto cortando o céu”.
A Bramon reforça que, embora impressionante, reentradas de lixo espacial como essa não são incomuns. Elas ocorrem quando partes de foguetes ou satélites fora de uso, em órbita da Terra, acabam sendo puxadas de volta pela gravidade e queimam ao atravessar a atmosfera, gerando uma aparência semelhante à de meteoros.
Felizmente, neste caso, não houve relatos de danos ou queda de fragmentos no solo.
Da redação Estrutural On-line
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