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Distrito Federal acelera atendimento oncológico e amplia acesso ao tratamento na rede pública

Iniciativa do governo local encurta prazos, reforça estrutura hospitalar e já beneficia mais de mil pacientes com câncer


Sandro Araújo/Agência Saúde

O avanço do câncer como um dos principais desafios da saúde pública tem levado gestores a buscar respostas cada vez mais rápidas e eficazes. No Distrito Federal, esse esforço resultou na criação de um programa que vem reduzindo de forma significativa o tempo de espera para o início do tratamento oncológico na rede pública.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), reunidos na Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, indicam que o país deve registrar aproximadamente 704 mil novos casos da doença por ano entre 2023 e 2025. O levantamento considera os 21 tipos mais recorrentes, entre eles os cânceres de mama, próstata, pulmão, estômago e reto. Em muitos desses casos, quando o diagnóstico e o tratamento são realizados precocemente, as chances de cura podem alcançar até 90%.

Diante desse cenário, o Governo do Distrito Federal (GDF) implantou o programa “O câncer não espera. O GDF também não”, voltado especialmente para pacientes com maior grau de urgência, classificados com sinal vermelho. A principal meta é antecipar o início do cuidado médico, etapa considerada decisiva para o sucesso terapêutico.

Com a adoção do novo protocolo, o prazo para a primeira consulta especializada foi reduzido de cerca de 80 dias para, no máximo, 30. Até o momento, mais de mil pacientes já foram atendidos por meio da iniciativa, que também possibilitou a abertura de mais de 1,3 mil novas vagas de tratamento em unidades públicas e conveniadas do DF.

O modelo de atenção prevê triagem realizada por especialistas, encaminhamento rápido para hospitais de referência e ampliação da oferta de exames laboratoriais e de imagem. Para reforçar a capacidade da rede, 12 clínicas privadas foram contratadas, contribuindo para diminuir filas e acelerar diagnósticos.

O cuidado ao paciente oncológico também inclui serviços de suporte, como acompanhamento paliativo quando indicado e monitoramento clínico após o término do tratamento, assegurando uma assistência contínua e integral.

Entre as estratégias adotadas pelo programa estão a criação de forças-tarefa em hospitais públicos para agilizar a avaliação dos casos, o credenciamento de clínicas e hospitais particulares e a organização de uma linha de cuidado específica para oncologia, com fluxos definidos desde a suspeita da doença até o acompanhamento pós-terapia.

Para acessar o serviço, o primeiro passo é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Nessas unidades, o paciente passa por avaliação médica inicial e, havendo suspeita de câncer, é encaminhado para as etapas seguintes do atendimento. As UBSs funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e são a porta de entrada para a investigação e o tratamento da doença na rede pública do Distrito Federal.

Da redação Estrutural On-line

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