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| Imagem de Donna Williams por Pixabay |
Durante uma reunião de gabinete nesta terça-feira (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu o debate sobre o aumento da presença militar em território latino-americano ao sugerir que uma ação terrestre poderá ser autorizada em breve. A declaração reforça o discurso de endurecimento adotado pelo republicano nas últimas semanas contra o governo de Nicolás Maduro.
Sem citar prazos específicos, Trump afirmou que os EUA estão preparando novas estratégias contra organizações criminosas que operam na região. O mandatário voltou a relacionar o governo venezuelano ao tráfico internacional e ao que ele chama de “narcoterrorismo”.
“Estamos combatendo fortemente as organizações que colocam vidas americanas em risco. Outras medidas estão chegando”, declarou, sinalizando que ações no solo podem ser parte do plano.
Mirando em Maduro
A Venezuela foi diretamente apontada como ponto prioritário na ofensiva pretendida por Washington. Trump acusou o país vizinho de servir como rota e abrigo para grupos que abastecem o mercado ilegal norte-americano.
“O que acontece ali é terrível. Eles enviam criminosos, traficantes e terror para dentro do nosso país, e vamos impedir isso”, afirmou o presidente.
Escalada retórica
As falas reforçam a postura adotada no feriado de Ação de Graças, quando Trump, em ligação com militares, já havia indicado que o combate ao narcotráfico poderia ganhar uma nova etapa “muito em breve”. A ampliação do escopo de operações — atualmente restritas a ações aéreas e marítimas — não foi descartada.
Trump também sugeriu que o alvo não se limita à Venezuela. Países ou indivíduos acusados por Washington de abastecer o tráfico para os EUA ficariam sob risco de serem atacados. “Quem coloca drogas em nosso território estará sujeito a medidas severas”, disse.
Clima de incerteza
As novas declarações acendem ainda mais o alerta diplomático na América Latina. Embora não haja confirmação de movimentações militares adicionais, analistas avaliam que a retórica pode aumentar o isolamento da Venezuela no cenário internacional e ampliar a pressão sobre Maduro.
Por ora, o governo norte-americano mantém sigilo sobre eventuais estratégias operacionais. Mas o tom adotado por Trump dá sinais de que um novo capítulo de tensão regional pode estar a caminho.
Da redação Estrutural On-line

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