Homem diz que não faz uso de álcool ou cigarro e que perdeu a consciência após efeito colateral de medicamento; ele afirma estar abalado e pede perdão à família da vítima
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| Material cedido ao portal Estrutural On-line |
A redação do portal Estrutural On-line conversou com o motorista envolvido no acidente ocorrido na noite de sábado (8/11), na Avenida 9 de Julho, na Cidade Estrutural. O caso resultou em ferimentos em uma menina e causou grande confusão que acabou em espancamento contra o motorista.
Visivelmente abalado, o condutor relatou que o acidente foi provocado por um desmaio repentino, causado por efeitos colaterais de medicamentos que utiliza para tratar um problema de saúde.
“Eu não bebo e nem fumo. Faço uso de remédios que podem causar queda de pressão, desorientação e desmaios, mas isso não acontece sempre”, explicou o motorista.
Segundo ele, o episódio ocorreu quando voltava do trabalho, após um plantão das 7h às 22h, e seguia para buscar a esposa. Ao perceber que não estava bem, tentou parar o veículo em um local seguro.
“Quando cheguei perto da quadra coberta, comecei a sentir o efeito do remédio e procurei um lugar para estacionar, onde não atrapalhasse o trânsito nem colocasse ninguém em risco. Em questão de segundos, desmaiei. Acredito que o carro acelerou sozinho, porque antes eu estava reduzindo a velocidade”, contou.
O motorista afirma que, ao recobrar a consciência, foi surpreendido por pessoas o agredindo, acreditando que ele estivesse embriagado.
“Acordei com chutes, murros e ameaças. Achei que fosse o dono do carro do Uber que eu bati. Tentei explicar que tinha desmaiado por causa de um problema de saúde, mas continuaram me agredindo até que um homem e uma mulher intervieram”, relatou.
Foi nesse momento que ele soube que havia atropelado uma menina.
“Fiquei desesperado. Queria saber como ela estava, mas não me deixaram me aproximar por medo de novas agressões. Depois chegaram os bombeiros e a polícia, fizeram o teste do bafômetro — que deu negativo — e me levaram ao hospital”, disse.
Emocionado, o condutor afirmou que chorou durante o trajeto na ambulância, preocupado com o estado da vítima.
“Chorei muito e orei pela vida dela. Só fiquei mais calmo quando soube que ela estava no hospital e havia passado por cirurgia. Disseram que o estado era instável, mas que ela estava reagindo bem”, contou.
Sem contato com a família da menina, o motorista afirma querer se responsabilizar pelos danos causados.
“Minha preocupação é com ela. Quero saber como está e me coloco à disposição para ajudar com as medicações e qualquer custo necessário. Peço perdão à família e principalmente à garota. Foi uma fatalidade”, declarou.
O motorista também afirmou que pretende arcar com os prejuízos do carro de aplicativo envolvido na colisão.
Por Francisco Gelielçon
#EstruturalOnLine

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