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| Foto: Ricardo Stuckert / PR |
A Conferência do Clima realizada em Belém (COP30) chegou ao fim neste sábado (22) sem incorporar as principais sugestões apresentadas pelo governo brasileiro. As propostas defendidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que incluíam metas para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis e um plano global para zerar o desmatamento — não avançaram para o documento final das negociações.
As iniciativas esbarraram na resistência de grandes economias dependentes de petróleo e carvão, como Arábia Saudita, China e Índia. Apesar de articulações intensas do governo brasileiro e do apoio de cerca de 20 países, incluindo França, Reino Unido, Colômbia e Suécia, não houve consenso suficiente para que os temas fossem incluídos no texto oficial. O documento final, inclusive, não menciona combustíveis fósseis.
Brasil minimiza o resultado
Após o encerramento da conferência, Lula afirmou não considerar o desfecho uma derrota. Em entrevista concedida neste domingo (23) durante participação no encontro do G20, na África do Sul, o presidente destacou que o simples fato de as pautas terem sido levadas à mesa já representa um avanço.
“O importante é que abrimos um debate que mais cedo ou mais tarde terá de ser enfrentado pela comunidade internacional”, declarou Lula, evitando atribuir o resultado a um fracasso diplomático.
Mapas do caminho serão elaborados pelo Brasil
Diante do impasse, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, informou que o Brasil seguirá com esforços paralelos. O governo pretende desenvolver, unilateralmente, dois documentos orientadores: um dedicado à transição energética e outro ao combate ao desmatamento. As diretrizes ainda não foram detalhadas e devem ser apresentadas nos próximos meses.
A expectativa é de que o país utilize esses materiais para pressionar a comunidade internacional a retomar o debate em futuras conferências e ampliar o engajamento global em ações climáticas mais ambiciosas.
Da redação Estrutural On-line


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