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Condenado à morte tem execução suspensa instantes antes do procedimento em Oklahoma

Reprodução/Redes sociais

Um preso no corredor da morte em Oklahoma, nos Estados Unidos, teve sua execução cancelada minutos antes do início do protocolo de injeção letal, na tarde desta quinta-feira (13/11). Tremane Wood, 46 anos, aguardava o chamado final quando recebeu a notícia de que sua pena havia sido modificada pelo governador do estado.

A decisão de Kevin Stitt, anunciada de forma emergencial à equipe penitenciária, acatou a recomendação da Junta de Indultos e Liberdade Condicional, que havia votado pela substituição da pena capital por prisão perpétua. Wood já havia feito a última refeição e se preparava para ser levado à sala de execução quando recebeu a informação.

Segundo sua advogada, Amanda Bass Castro-Alves, o preso desabou ao ouvir que não seria executado. Ela afirmou que o cliente agradeceu pela oportunidade de continuar vivo após duas décadas tentando reverter a sentença.

Decisão excepcional

A clemência concedida por Stitt é considerada rara: trata-se apenas da segunda mudança desse tipo autorizada pelo governador em quase sete anos de gestão. No documento oficial, Stitt determinou que Wood permanecerá preso por toda a vida, sem a possibilidade de solicitar novos pedidos de comutação, perdão ou liberdade condicional.

O governador justificou que a nova pena equaliza o tratamento judicial dado ao irmão do detento, Jake Wood, que havia sido condenado à prisão perpétua pelo mesmo caso e morreu na cadeia.

A Procuradoria-Geral do estado declarou discordar da medida, mas reconheceu que ela está dentro das atribuições do chefe do Executivo. Já representantes da defesa ressaltaram que a decisão atende aos apelos da família da vítima e encerra um processo que se estendeu por mais de 20 anos.

Caso de 2002 segue controverso

Tremane Wood foi condenado pelo assassinato de Ronnie Wipf, então com 19 anos, morto a facadas durante uma tentativa de roubo em 2002. O caso sempre foi cercado de controvérsias: Wood insiste que não foi o autor do golpe fatal e atribui o homicídio ao irmão. A defesa também aponta falhas no julgamento, entre elas a atuação de um advogado considerado inexperiente e supostos acordos entre promotores e testemunhas.

Em audiência virtual recente, o condenado admitiu envolvimento no roubo e reconheceu má conduta em períodos da prisão, mas negou ser responsável pela morte de Wipf. Promotores, porém, reiteram que as evidências reunidas ao longo dos anos apontam diretamente para ele e mencionam histórico de participação em gangues e violência dentro do sistema prisional.

Com a decisão do governador, o processo criminal chega a um desfecho inesperado e encerra a expectativa de execução que se arrastava desde o início dos anos 2000.

Da redação Estrutural On-line

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