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Barroso anuncia aposentadoria antecipada e encerra ciclo de 12 anos no STF

Samuel Pancher/Metrópoles

O ministro Luís Roberto Barroso anunciou oficialmente, nesta quinta-feira (9), que deixará o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda neste mês. A decisão, comunicada durante sessão plenária da Corte, marca o fim de uma trajetória de 12 anos na mais alta instância do Judiciário brasileiro.

Barroso, de 67 anos, antecipou sua saída — que poderia ocorrer apenas aos 75, idade-limite para aposentadoria compulsória. Em discurso emocionado, ele declarou que chegou o momento de "seguir novos caminhos" e que pretende permanecer apenas o tempo necessário para concluir processos sob sua responsabilidade. “Esta é a última sessão plenária de que participo. Sinto que cumpri minha missão e que é hora de abrir espaço para outros”, afirmou.

Durante a fala de despedida, o ministro fez um balanço de sua atuação no STF, onde ocupou a presidência nos últimos dois anos. “Foram anos de dedicação intensa à Justiça e à democracia. Enfrentei desafios, vivi momentos difíceis, mas nunca perdi a fé no país nem nas pessoas”, destacou. Ele também agradeceu à equipe e aos colegas de Corte, reconhecendo o impacto que o trabalho no tribunal teve sobre sua vida pessoal e familiar.

Com a saída de Barroso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a oportunidade de indicar mais um nome para o STF — o terceiro desde o início de seu atual mandato. A definição do sucessor deve movimentar os bastidores políticos nas próximas semanas.

Fontes próximas ao ministro afirmam que a decisão já vinha sendo amadurecida desde o fim de sua gestão à frente do Supremo. Além do desejo pessoal de se afastar da vida pública, pesaram fatores externos, incluindo o recente clima de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, que teria afetado indiretamente sua família.

Barroso foi nomeado para o STF em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff e se destacou por decisões e posicionamentos firmes em temas de grande repercussão nacional. Ao encerrar sua passagem pela Corte, ele reforçou seu compromisso com os valores democráticos: “Deixo o Supremo com serenidade e esperança. Continuarei servindo ao Brasil, onde quer que eu esteja.”

Da redação Estrutural On-line

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