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Foto: SES-GO |
O Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz registrou, nesta terça-feira (16/09), um marco histórico: a primeira transfusão de um tipo de sangue considerado raríssimo no país. O procedimento foi realizado em um paciente de 45 anos, diagnosticado com anemia falciforme, atendido pelo Hospital Estadual de Goiás (HGG).
Mobilização nacional
O tratamento só foi possível graças a uma articulação envolvendo a Rede Nacional de Sangue Raro, coordenada pelo Ministério da Saúde. Após identificar a necessidade do paciente, a equipe do hemocentro goiano acionou o cadastro nacional, que localizou um doador compatível em São Paulo. A coleta ocorreu no dia 11/09, e as bolsas foram transportadas para Goiânia em uma operação logística especial.
Segundo dados do Cadastro Nacional de Sangue Raro, apenas 16 brasileiros possuem o fenótipo compatível, que exige sangue com ausência do antígeno U. Esse marcador está presente em quase 100% da população caucasiana e em 99% da população negra. A transfusão incorreta, utilizando sangue U-positivo, pode desencadear reações hemolíticas graves.
Avanço na segurança transfusional
A realização do procedimento em Goiás só foi possível porque o Hemocentro mantém um programa de fenotipagem de doadores, que permite identificar voluntários com características sanguíneas especiais. Atualmente, o banco estadual conta com cinco doadores cadastrados com outros tipos raros, como Kpb negativo e Cellano negativo, que podem ser convocados em emergências em qualquer parte do Brasil.
Importância do cadastro
A conquista reforça a relevância do mapeamento e da manutenção de um banco nacional de doadores raros. Para os especialistas, a medida amplia a segurança transfusional e garante que pacientes com condições críticas tenham acesso a tratamentos adequados, mesmo diante da raridade dos perfis sanguíneos.
Da redação Estrutural On-line
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