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| Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto |
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga as causas do incêndio que destruiu o Instituto Terapêutico Liberte-se, clínica de reabilitação para dependentes químicos, no Paranoá, na madrugada de domingo (31/8). O fogo matou cinco internos e deixou outras 11 pessoas feridas.
Uma das hipóteses levantadas pelos investigadores é de que um carregador de celular teria provocado as chamas. A informação foi confirmada pelo delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia, Bruno Carvalho, mas ele destacou que apenas o laudo pericial poderá confirmar a origem do incêndio.
Possível crime de cárcere privado
Segundo Carvalho, além da apuração sobre a causa do fogo, os responsáveis pela instituição poderão responder por cárcere privado. “O imóvel estava trancado com cadeado e as janelas tinham grades, o que dificultou a saída dos internos”, afirmou. Em depoimento, o proprietário, Douglas Costa Ramos, de 33 anos, disse que a medida visava a segurança e buscava evitar furtos.
O delegado também não descartou a possibilidade de que o caso seja tratado como homicídio, a depender do resultado da perícia e da análise do comportamento do dono da clínica.
As vítimas
- Morreram no incêndio:
- Darley Fernandes de Carvalho, 26 anos
- José Augusto Rosa Neres, 39 anos
- João Pedro Costa dos Santos Morais, 26 anos
- Daniel Antunes Miranda, 28 anos
- Lindemberg Nunes Pinho, 44 anos
Além dos mortos, 11 pessoas foram resgatadas com queimaduras e intoxicação. Nove permaneciam internadas nesta segunda-feira (1º/9) no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e no Hospital da Região Leste (HRL). Duas já receberam alta.
Cerca de 20 internos estavam trancados na área atingida pelo incêndio. Outros 26 estavam em uma edificação anexa e não sofreram ferimentos graves.
Clínica funcionava de forma irregular
O Instituto Liberte-se operava sem autorização dos órgãos competentes. Embora tivesse solicitado alvará, a clínica não possuía licenciamento do Corpo de Bombeiros nem autorização da Vigilância Sanitária. A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) também apontou irregularidades: o alvará apresentado pela empresa correspondia a uma chácara diferente daquela onde ocorreu a tragédia.
O caso levantou suspeitas de que a instituição tenha expandido irregularmente suas atividades ou transferido os pacientes para outro endereço sem comunicar às autoridades. Além disso, a filial da clínica em Sobradinho já havia sido interditada em 2024 por falta de licença.
Destruição
Imagens aéreas mostram que as chamas consumiram boa parte do imóvel, deixando o telhado destruído. Ao todo, 46 dependentes químicos estavam em tratamento no local.
A PCDF segue investigando a tragédia e aguarda o laudo pericial para esclarecer a real causa do incêndio e definir a responsabilidade criminal pelo ocorrido.
Da redação Estrutural On-line


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