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| Reprodução/Instagram/Twitter/@trendingnepal |
Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro nepalês Jhalanath Khanal, morreu nesta terça-feira (9) após sofrer queimaduras graves quando manifestantes incendiaram sua residência em Katmandu. Ela foi levada em estado crítico ao Hospital de Queimados de Kirtipur, mas não resistiu aos ferimentos, segundo informações hospitalares obtidas pela Agência EFE.
O episódio ocorre em meio a uma onda de violência na capital do Nepal, que já deixou pelo menos 25 mortos desde o início dos protestos. Além de Chitrakar, três manifestantes morreram no Hospital Civil, enquanto a polícia confirmou outras duas vítimas fatais em um tiroteio em Kalimati.
A violência se espalhou por toda Katmandu, com ataques direcionados a dirigentes políticos e suas famílias. A residência do ex-primeiro-ministro K. P. Sharma Oli foi incendiada no mesmo dia em que ele anunciou sua renúncia. Outros líderes, como o ex-premiê Sher Bahadur Deuba, também sofreram agressões em suas casas, e sua esposa, a ministra das Relações Exteriores Arzu Rana Deuba, foi atacada, episódio registrado em vídeos que circulam nas redes sociais.
Manifestantes ainda incendiaram prédios públicos, incluindo o Parlamento, o Escritório da Presidência e o Tribunal Supremo, além de danificarem veículos de comunicação, como o complexo do grupo de mídia Kantipur, um dos principais do país.
Diante da escalada, o Exército do Nepal pediu calma e moderação à população, apelando para evitar novas mortes e destruição de patrimônio e para que a crise seja solucionada por meio do diálogo político. O prefeito de Katmandu, Balendra Shah, reforçou o apelo e pediu contenção aos manifestantes.
Mesmo após a renúncia do primeiro-ministro e de vários ministros, os protestos — liderados pelo movimento “Geração Z” — continuam, evidenciando a tensão política e social que domina o país.
Da redação Estrutural On-line
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