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Trump anuncia reunião trilateral com Putin e Zelensky após encontro na Casa Branca

Imagem de Pete Linforth por Pixabay

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta segunda-feira (18/8) que entrou em contato com o presidente russo, Vladimir Putin, para organizar uma reunião trilateral envolvendo também o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky. O anúncio ocorreu após uma cúpula realizada na Casa Branca com a presença de chefes de Estado europeus e do presidente da Ucrânia.

Segundo Trump, o próximo passo será reunir os três mandatários em um encontro ainda sem local definido, com o objetivo de discutir garantias de segurança para Kiev e abrir espaço para negociações que possam encerrar a guerra. “Após essa reunião, teremos um encontro trilateral, composto pelos dois presidentes e por mim”, declarou.

Contatos com o Kremlin

A iniciativa recebeu sinal positivo de Moscou. O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, confirmou que Trump e Putin conversaram sobre a possibilidade de elevar o nível das negociações entre Rússia e Ucrânia. Entre os tópicos abordados, esteve a ideia de concessões territoriais — tema polêmico, que divide líderes europeus e encontra resistência em Kiev.

Trump, entretanto, disse que nada está definido. “Tudo está na mesa. As decisões finais cabem à Ucrânia e à Rússia. Nosso papel é criar as condições para que um acordo seja possível”, afirmou.

Posição da Ucrânia e da Europa

Zelensky evitou tratar diretamente de cessões territoriais, mas reforçou que defende a via diplomática. “A Ucrânia precisa de uma paz justa e duradoura. Estamos prontos para dialogar, mas nunca à custa da nossa soberania”, ressaltou.

Na reunião, que contou com Emmanuel Macron (França), Giorgia Meloni (Itália), Friedrich Merz (Alemanha), Keir Starmer (Reino Unido), Ursula von der Leyen (União Europeia) e Mark Rutte (Otan), os europeus destacaram que qualquer entendimento precisa trazer garantias concretas de segurança. “Não aceitaremos uma paz temporária. É preciso um compromisso duradouro”, afirmou Macron.

Trump sugeriu que os países europeus liderem a construção dessas garantias, mas não descartou participação militar dos EUA. “Haverá muita ajuda, e não apenas financeira”, disse.

Cúpula em aberto

O presidente norte-americano também sinalizou que a reunião com Putin e Zelensky pode ocorrer em breve. “Se tivermos esse encontro, acredito em boas chances de acabar com a guerra. Caso contrário, a luta continua”, declarou. Zelensky confirmou que está disposto a participar: “Se houver oportunidade real, estaremos prontos. O importante é salvar vidas ucranianas”.

Conflito continua

Apesar do clima de otimismo, as barreiras para um acordo seguem significativas. Entre as condições colocadas por Moscou estão a exclusão da Ucrânia da Otan e eventuais mudanças de fronteira — pontos rejeitados por Kiev.

A guerra, iniciada em outubro de 2022, já deixou dezenas de milhares de mortos e destruiu cidades inteiras. O encontro em Washington foi a primeira tentativa de Trump de articular, junto a europeus e à Ucrânia, um caminho diplomático unificado para o fim do conflito.

Da redação Estrutural On-line

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