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Marcelo Camargo/Agência Brasil |
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (11), o registro do Voranigo (vorasidenibe), um medicamento de uso oral diário voltado ao tratamento de gliomas difusos de baixo grau (grau 2). A aprovação representa um avanço no cuidado de pacientes com esse tipo de câncer cerebral.
O remédio é indicado para pessoas a partir dos 12 anos diagnosticadas com tumores como astrocitomas e oligodendrogliomas, que apresentem mutações nas enzimas IDH1 ou IDH2. O tratamento é direcionado a pacientes que já passaram por cirurgia, mas que ainda não necessitam de radioterapia ou quimioterapia imediata.
A ação do Voranigo ocorre por meio da inibição das enzimas mutadas IDH1 e IDH2, responsáveis pela produção de substâncias que favorecem a multiplicação das células tumorais. Dessa forma, o medicamento pode retardar a progressão da doença e contribuir para a redução do volume dos tumores.
Produzido pela farmacêutica Servier, o medicamento já está autorizado a ser prescrito no Brasil. No entanto, o acesso pelos pacientes dependerá de etapas adicionais, como a inclusão no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que define a cobertura obrigatória pelos planos de saúde, e a análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), responsável por avaliar a possibilidade de disponibilização na rede pública.
Esses trâmites envolvem estudos de custo-benefício e impacto orçamentário, podendo levar meses até a efetiva liberação para uso amplo no país.
Da redação Estrutural On-line
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