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Governo rejeita equiparação salarial da Polícia Civil do DF com a Polícia Federal e propõe reajuste de 18%

PCDF/Divulgação

O governo federal descartou a proposta de equiparar os salários da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) aos da Polícia Federal (PF) e apresentou, como alternativa, um reajuste de 18%, a ser pago em duas parcelas entre 2025 e 2026. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (22/8) durante reunião do Fórum de Negociação, conduzido pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI).

O pedido de paridade salarial havia sido levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), já que os salários das forças de segurança da capital são pagos com recursos do Fundo Constitucional do DF.

Mobilização da categoria

No mesmo dia da reunião, policiais civis realizaram uma manifestação em frente ao MGI, na Esplanada dos Ministérios. O ato, organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), reforçou a cobrança por valorização da categoria. Em nota, a entidade destacou que o objetivo é “fazer justiça com servidores que arriscam a própria vida para garantir a segurança da população”.

Histórico do debate

A discussão sobre recomposição salarial das forças de segurança do DF começou no início de 2024, quando o governo local enviou ao Executivo federal uma proposta que previa aumentos escalonados de até 44%, variando conforme o cargo. O projeto estabelecia pagamentos em duas etapas: a primeira em setembro de 2025 e a segunda em maio de 2026.

Em abril, o GDF encaminhou ao MGI projeções de receitas e despesas da PCDF, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros até 2030, para subsidiar as negociações.

Reação dos sindicatos

O Sinpol-DF e o Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo-DF) consideraram frustrante a recusa à equiparação com a PF. As duas entidades marcaram assembleia para a próxima segunda-feira (25/8), quando apresentarão a proposta de 18% à categoria.

Para o presidente do Sinpol-DF, Enoque Venancio de Freitas, o índice apresentado não atende às expectativas. “O resultado está longe de ser satisfatório. A pergunta que fica é: se não para o policial civil, para onde irá o recurso já reservado pelo GDF para o reajuste? Seguiremos na luta”, afirmou.

A presidente do Sindepo-DF, Cláudia Alcântara, também demonstrou insatisfação. “O percentual não era o esperado. A justificativa técnica foi descartada e ficou evidente que a decisão tem caráter político”, avaliou.

Da redação Estrutural On-line

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