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Ucrânia mantém Brasil sem embaixador e sinaliza desconforto com o governo Lula

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O governo da Ucrânia optou por não nomear, neste momento, um novo embaixador para sua missão diplomática no Brasil. A medida, que ocorre em meio a uma expansão da presença diplomática ucraniana na América Latina, foi confirmada por fontes ligadas à chancelaria do país nesta segunda-feira (21/7).

A embaixada em Brasília está sem comando desde o início de junho, quando o então embaixador Andrii Melnyk deixou o cargo para assumir uma função na Organização das Nações Unidas (ONU). Desde então, o posto permanece vago, e o nome de um substituto ainda não foi anunciado.

A ausência de um embaixador em um país de relevância regional, como o Brasil, é interpretada por analistas como um possível indicativo de desconforto diplomático. Isso ocorre após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foram recebidas com reservas por Kiev, especialmente aquelas consideradas por autoridades ucranianas como simpáticas à posição da Rússia no conflito em curso.

Embora fontes do governo brasileiro minimizem o episódio, atribuindo o atraso à complexidade do processo de escolha e à saída recente de Melnyk, o gesto de manter o cargo vago tem peso simbólico nas relações internacionais. “Segundo o que foi informado ao Itamaraty, a Ucrânia ainda avalia nomes para o cargo e considera o Brasil um parceiro estratégico. Por isso, o processo de definição exige tempo”, afirmou um diplomata brasileiro sob condição de anonimato.

Expansão na América Latina e ajustes diplomáticos
Paralelamente à indefinição no Brasil, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou a nomeação de 16 novos embaixadores, incluindo representantes em quatro países latino-americanos: Equador, República Dominicana, Panamá e Uruguai. A medida faz parte de uma estratégia para fortalecer os laços com a região em meio à guerra contra a Rússia.

Enquanto amplia sua rede diplomática em nações latino-americanas, Kiev também promove ajustes em outras frentes. Fontes ouvidas pela imprensa local indicam que a Ucrânia estaria reavaliando suas relações com Cuba, o que inclui uma possível redução da representação no país caribenho.

Apesar do momento de distanciamento, autoridades ucranianas ainda ressaltam a importância do Brasil na cena internacional. Resta saber se, nos próximos meses, as sinalizações públicas de ambos os governos contribuirão para a retomada de um diálogo mais alinhado e para o preenchimento do posto diplomático em Brasília.

Da redação Estrutural On-line

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