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Marcello Casal Jr / Agência Brasil |
A recente decisão do governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, de impor tarifas de 50% a produtos brasileiros provocou reação imediata das principais autoridades do Legislativo brasileiro. Em declaração conjunta, os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmaram estar preparados para responder com “equilíbrio e firmeza” em defesa dos interesses econômicos do país.
A nota oficial, divulgada nesta quinta-feira (10), reforça que o Congresso Nacional acompanhará de perto os próximos passos dessa tensão comercial. Os parlamentares defenderam uma atuação pautada pelo diálogo diplomático e pela utilização de instrumentos legais, como a Lei da Reciprocidade Econômica — aprovada recentemente pelo Parlamento —, como forma de resguardar a soberania nacional.
“A legislação foi criada justamente para oferecer ao Brasil os mecanismos necessários para reagir a medidas externas que possam comprometer sua estabilidade econômica e sua autonomia nas decisões comerciais”, destacaram Motta e Alcolumbre após reunião para alinhar uma resposta institucional ao caso.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se posicionou sobre a ofensiva norte-americana. Em pronunciamento, o chefe do Executivo reiterou que o Brasil não aceitará interferências em seus assuntos internos e classificou como inadmissível a tentativa de utilizar medidas comerciais como forma de pressão política.
A taxação anunciada por Trump, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, foi justificada como retaliação à condução de processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula, no entanto, rejeitou qualquer vínculo entre decisões da Justiça brasileira e interesses estrangeiros. “O Brasil é uma nação soberana, com instituições sólidas e independentes, e não permitirá ameaças que atentem contra seu sistema democrático e judicial”, afirmou.
Diante do novo cenário, líderes políticos articulam estratégias para garantir que a economia nacional não seja prejudicada e reforçam o compromisso com a proteção dos setores atingidos. A expectativa é de que nos próximos dias sejam intensificados os diálogos com o Itamaraty e com representantes do setor produtivo, em busca de uma resposta coordenada e eficaz.
Da redação Estrutural On-line
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