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Corpo de Juliana Marins chega ao Brasil em operação discreta e passa por nova autópsia

Reprodução / Redes sociais

O corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu após cair em um vulcão na Indonésia, desembarcou no Brasil na tarde desta terça-feira (1º/7). O translado internacional foi realizado de forma rápida e reservada, com chegada ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 17h.

De acordo com informações apuradas, a operação logística durou cerca de uma hora e foi conduzida por um despachante especializado, responsável por todos os trâmites burocráticos. O corpo seguiu diretamente do Terminal de Cargas do aeroporto até o Rio de Janeiro, em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), com destino à Base Aérea do Galeão.

O procedimento foi marcado pela discrição. Nenhum familiar esteve presente no desembarque, e a movimentação se deu longe da área destinada a passageiros. Fontes ligadas à companhia aérea Emirates, que transportou o corpo, afirmaram que o desembarque dos passageiros foi atrasado para dar prioridade ao translado.

Nova autópsia e suspeitas levantadas pela família

Ainda nesta terça-feira, o corpo de Juliana passou por um novo exame cadavérico no Rio de Janeiro. A autópsia foi solicitada pela família da vítima, com apoio da Defensoria Pública da União (DPU), após apontamentos de inconsistências no atestado de óbito emitido pelas autoridades indonésias.

A principal dúvida dos familiares é sobre o tempo de sobrevivência de Juliana após a queda. Imagens feitas por drones e relatos de turistas sugerem que a jovem poderia ter resistido por um período maior do que o indicado pela primeira autópsia, levantando a hipótese de omissão de socorro. Caso novos dados comprovem essa possibilidade, o caso pode abrir espaço para investigações civis ou criminais no Brasil.

Divergências com o laudo da Indonésia

A primeira autópsia foi realizada no Hospital Bhayangkara, em Bali, após a remoção do corpo de Juliana do Monte Rinjani, no dia 25 de junho. O legista responsável, Dr. Ida Bagus Putu Alit, afirmou que a morte teria ocorrido em menos de 20 minutos, provocada por múltiplas fraturas e lesões internas decorrentes do impacto da queda. Ele também descartou causas como hipotermia.

No entanto, a divulgação do laudo médico à imprensa, antes mesmo da comunicação oficial à família, causou indignação. Mariana Marins, irmã de Juliana, criticou duramente a postura das autoridades locais. “É um desrespeito. Fomos chamados ao hospital para receber o laudo, mas já havia coletiva acontecendo. É revoltante”, declarou.

Expectativas

O novo laudo deve esclarecer pontos pendentes e oferecer uma resposta mais precisa sobre as circunstâncias da morte de Juliana. A família espera que o procedimento traga não apenas respostas médicas, mas também responsabilidade sobre possíveis falhas no resgate ou na comunicação oficial do caso.

A tragédia envolvendo Juliana Marins ganhou repercussão internacional e trouxe à tona questões sobre segurança em trilhas de aventura e o atendimento a turistas em áreas remotas.

Da redação Estrutural On-line

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