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Após bombardeios dos EUA, TV estatal iraniana declara americanos como "alvos legítimos" no país

Estrutural On-line

A tensão entre Irã e Estados Unidos atingiu um novo patamar neste sábado (21), quando a emissora estatal iraniana anunciou que cidadãos e militares norte-americanos em território iraniano passaram a ser considerados “alvos legítimos”. A declaração, feita por um âncora do Canal 3 da televisão iraniana, veio poucas horas depois de os EUA confirmarem ataques a três instalações nucleares no Irã.

“O presidente dos Estados Unidos optou por receber caixões de 50 mil soldados americanos em Washington”, afirmou o apresentador, em um tom contundente, durante a transmissão.

A reação iraniana ocorre após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar em sua rede social Truth Social que aeronaves americanas realizaram bombardeios em locais estratégicos ligados ao programa nuclear iraniano. Entre os alvos confirmados estavam Fordow, Natanz e Esfahan — centros conhecidos por seu papel no enriquecimento de urânio.

Em especial, Fordow é uma instalação subterrânea altamente protegida e considerada crítica pelo Ocidente. Segundo dados da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o local abriga cerca de 3 mil centrífugas destinadas ao enriquecimento de urânio — atividade sensível que, segundo o Irã, tem fins exclusivamente pacíficos.

O conflito se intensificou ainda mais após os primeiros ataques de Israel contra o Irã em 13 de junho, sob a justificativa de que Teerã estaria prestes a desenvolver armas nucleares. O governo iraniano nega a acusação e reafirma que seu programa nuclear tem finalidade civil.

Enquanto a retórica militar cresce, diplomatas ainda buscam alternativas para conter a escalada. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, reuniu-se na sexta-feira (20) com representantes da França, Alemanha e Reino Unido em Genebra, na Suíça, para tentar restabelecer o diálogo. A cidade europeia foi palco, em 2013, do primeiro grande acordo internacional que limitava o programa nuclear iraniano em troca da suspensão de sanções econômicas — tratado abandonado unilateralmente pelos EUA durante o primeiro mandato de Trump.

Agora, com a retaliação verbal da mídia iraniana e a ofensiva militar em curso, analistas temem um desdobramento ainda mais grave no Oriente Médio. A presença de americanos na região, incluindo civis, pode se tornar um ponto crítico na escalada do conflito.

Da redação Estrutural On-line

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