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Nova fase da Operação Sem Desconto: AGU amplia lista de alvos em escândalo no INSS

Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) ampliou nesta semana a lista de investigados em um dos maiores escândalos de corrupção recentes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A nova etapa da ação cautelar protocolada na quinta-feira (8/5) mira seis empresas e oito sócios suspeitos de envolvimento em um esquema de pagamento de propina a servidores públicos.

Entre os nomes de destaque está o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, cuja empresa Acca Consultoria Empresarial teria recebido cerca de R$ 4 milhões de entidades associativas investigadas. Segundo a Polícia Federal, a Acca integra uma rede de empresas que teriam servido de canal para o repasse de recursos ilícitos. A residência do filho do lobista, Romeu Carvalho Antunes, foi alvo de busca e apreensão no fim de abril.

Outro investigado de peso é Eric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis. Eric e seu escritório de advocacia são apontados como beneficiários de mais de R$ 5,1 milhões repassados por associações envolvidas no esquema. A Polícia Federal também identificou transferências financeiras suspeitas entre o escritório de Eric e o de Cecília Rodrigues Mota, ex-presidente de entidades envolvidas na fraude. Cecília, por sua vez, teria movimentado R$ 14 milhões, além de repassar valores a familiares de servidores da autarquia, como a irmã do ex-procurador Virgílio Oliveira Filho.

A lista de novos alvos da AGU inclui ainda a Arpar Administração, Participação e Empreendimento S.A., que, segundo os investigadores, repassou R$ 49,1 milhões a empresas ligadas ao "Careca do INSS", além da WM System Informática LTDA, que recebeu R$ 14,5 milhões da Arpar.

A ação da AGU pede o bloqueio de bens e contas bancárias dos 14 novos investigados, além da quebra de sigilos fiscal e bancário. Até então, a cautelar envolvia apenas 12 entidades associativas.

O caso veio à tona com uma série de reportagens do portal Metrópoles, que revelou como entidades associativas inflaram suas receitas com descontos em aposentadorias, totalizando mais de R$ 2 bilhões em um ano. A divulgação do esquema motivou a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação culminou nas demissões do então presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Por Francisco Gelielçon com informações do Metrópoles

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