Adolescente é internado na UTI após agressão em escola particular de Águas Claras

Imagem de Giovanna Cornelio por Pixabay

Um adolescente de 15 anos precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após sofrer uma agressão dentro da sala de aula de uma escola particular em Águas Claras, no Distrito Federal. O caso, ocorrido na última quarta-feira (7/5), expôs preocupações sobre a segurança e o ambiente escolar.

De acordo com relato da mãe, que preferiu não se identificar, o filho foi atingido com um soco na lateral do abdômen por um colega de 16 anos durante um desentendimento entre estudantes. A direção do colégio teria advertido a vítima e suspenso temporariamente o agressor. No entanto, os desdobramentos da agressão foram mais graves do que inicialmente aparentavam.

Após retornar para casa, o adolescente começou a sentir dores intensas e notou a presença de coágulos de sangue na urina. Com o agravamento do quadro, ele foi levado por seu padrasto a um hospital particular. Exames descartaram infecções e apontaram sinais de trauma no rim, compatíveis com uma forte pancada. Foi somente após esses resultados que o jovem revelou ter sido agredido.

“Quando veio o resultado da tomografia, o médico disse que não era algo comum. Ele viu claramente que havia uma lesão renal causada por impacto”, contou a mãe. “Ele está na UTI, em observação, e os médicos avaliam a necessidade de cirurgia, que pode inclusive levar à perda do rim.”

O caso gerou consternação na família, que agora considera mudar o filho de escola e até mesmo de cidade. “É uma dor enorme como mãe. A gente espera que nossos filhos estejam seguros num ambiente escolar, mas não foi isso que aconteceu. Meu filho está envergonhado, com medo de andar pelas ruas e encontrar o agressor. Até eu penso em me mudar de Águas Claras”, desabafa.

O adolescente deve permanecer internado por pelo menos uma semana para acompanhamento médico. A família cobra providências do colégio e lamenta a falta de preparo das instituições para lidar com episódios de violência entre estudantes.

A escola não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento.