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Crise diplomática se agrava: Índia proíbe todas as importações do Paquistão após ataque na Caxemira

Imagem de ha11ok por Pixabay

A Índia decretou neste sábado (3) a suspensão total das importações vindas do Paquistão, como parte de uma escalada de tensões entre os dois países após um ataque terrorista na região da Caxemira, que matou 26 pessoas em abril. A medida, divulgada por meio de uma notificação oficial do Ministério do Comércio, proíbe tanto o comércio direto quanto o indireto de qualquer produto de origem paquistanesa.

A decisão foi publicada como uma emenda à Política de Comércio Exterior indiana, sob o argumento de segurança nacional e interesse público. De acordo com o comunicado, a proibição permanecerá em vigor até nova determinação, e qualquer exceção dependerá de autorização expressa do governo central.

O governo indiano responsabiliza grupos com atuação transfronteiriça, supostamente ligados ao Paquistão, pelo atentado que vitimou dezenas de turistas em 22 de abril. Desde então, Nova Delhi tem adotado uma série de retaliações diplomáticas e comerciais.

Além da restrição às importações, a Índia também suspendeu unilateralmente o Tratado das Águas do Indo, uma convenção histórica sobre o compartilhamento hídrico entre os dois países, expulsou diplomatas paquistaneses, cancelou vistos e impôs restrições ao espaço aéreo.

Fontes do governo indicaram ainda que a Índia pressiona para que o Paquistão volte à lista cinza do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), entidade internacional responsável por monitorar atividades de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.

Historicamente, os principais produtos importados do Paquistão incluem frutas secas, sementes oleaginosas e componentes químicos. Por outro lado, cerca de 60% das exportações da Índia para o país vizinho são compostas por produtos farmacêuticos e químicos orgânicos.

O corte comercial aprofunda a deterioração nas relações entre os dois países, que têm um histórico de conflitos diplomáticos e militares, especialmente em torno da disputada região da Caxemira.

Da redação Estrutural On-line

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