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Imagem: PMDF |
Ter uma ave silvestre em casa, como um papagaio, pode ser uma experiência enriquecedora — mas para que isso aconteça dentro da lei, é necessário seguir uma série de procedimentos específicos exigidos pelos órgãos ambientais. No Brasil, apenas animais adquiridos de criadouros autorizados podem ser mantidos legalmente como pets.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é o órgão responsável pela regulamentação e fiscalização da criação de animais silvestres no país. Para criar uma ave como pet, o interessado precisa seguir os trâmites do Sistema Nacional de Gestão da Fauna Silvestre (SisFauna).
Etapas para legalizar a criação
- Cadastro Técnico Federal (CTF):
- O primeiro passo é se cadastrar como Empreendimento Utilizador de Fauna Silvestre no site do Ibama, por meio do CTF. Esse registro é obrigatório tanto na versão 1.0 quanto na 1.2 do SisFauna.
- Solicitação da Autorização Prévia (AP):
- Após o cadastro, é preciso preencher um formulário online para solicitar a Autorização Prévia (AP), documento que autoriza o início do processo de criação.
- Registro da espécie:
- Cada animal deve ser registrado individualmente no sistema. Essa etapa garante que a criação siga os critérios legais de preservação da fauna silvestre e evita o comércio ilegal de animais.
- Autorização de Manejo (AM) e pagamento da taxa:
- Para que o processo seja concluído, é necessário obter a Autorização de Manejo. A liberação está vinculada ao pagamento de uma taxa específica, conforme o tipo de registro:
- R$ 400 para pessoas físicas (CPF)
- R$ 300 para pessoas jurídicas (CNPJ)
As exigências estão previstas na Lei 6.938/1981 e complementadas pela Lei 9.960/2000. Além do papagaio, as regras se aplicam também a outras espécies silvestres, como iguanas, serpentes e até aranhas, desde que adquiridas legalmente.
Cuidado e responsabilidade
Além da legalização, é fundamental lembrar que a criação de animais silvestres exige cuidados especiais com alimentação, espaço e bem-estar. É recomendável buscar orientação veterinária e manter os documentos sempre atualizados para evitar problemas com a fiscalização.
Ter um animal silvestre de forma legal não é apenas uma questão de burocracia — é um compromisso com a conservação da fauna brasileira e com a posse responsável.
Da redação Estrutural On-line
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