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Votação do 2º turno começa com quase mil urnas substituídas e prisões

Mais de 156 milhões de cidadãos são esperados para votação do 2º turno, nas mais de 496 mil seções eleitorais em todo o território nacional


Reprodução TSE

Até as 10h deste domingo (30/10), data do segundo turno das eleições de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contabilizou 926 substituídas em todo o país. Além disso, o Distrito Federal teve registro de seis prisões por crimes eleitorais.

A taxa de urnas substituídas representa 0,17% das urnas de todos os equipamentos usados, segundo o primeiro relatório do dia divulgado pelo TSE. As trocas ocorreram por problemas de funcionamento e são situações comuns nas eleições.

Neste ano, há 472 mil delas em funcionamento. Para garantir as trocas, o TSE reservou 64,9 mil, distribuídas entre todas as seções eleitorais brasileiras.

Voto dos presidenciáveis

As eleições do segundo turno no país começaram sem registros de ocorrências graves. A previsão é de que mais de 156 milhões de brasileiros votem para escolher presidente, além de governadores de 12 estados.

Os dois candidatos que disputam a Presidência da República já passaram pelas respectivas seções eleitorais. O candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) votou às 8h02, na Vila Militar, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Acompanhado de seguranças e assessores, o presidente chegou à seção por volta das 7h50.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votou cerca de 8h45, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. O candidato estava acompanhado da esposa, Rosângela Lula da Silva, de assessores e apoiadores. A seção eleitoral do petista fica no colégio estadual Doutor João Firmino Correia de Araújo, no bairro Assunção.

A sexta eleição presidencial consecutiva em segundo turno começou às 8h deste domingo (30/10). Nela, os brasileiros participação da votação para escolha do chefe do Executivo federal que atuará nos próximos quatro anos.

De acordo com dados da apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no primeiro turno, Lula teve 57.259.504 de votos (o que corresponde a 48,43% dos votos válidos), e Bolsonaro, 51.072.345 de votos (43,2%).

Seções tranquilas

No Distrito Federal, quem optou por sair nas primeiras horas deste domingo (30/10) não enfrentou filas. “Cheguei e não deu nem cinco minutos [para votar]. Está super tranquilo. Todas as sessões estão vazias, [e o processo está] bem organizado”, comentou a professora aposentada Gilsa Ribeiro, 50 anos, que votou em um colégio público de Planaltina, a 50km do centro da capital federal.

No Centro de Ensino Médio 2, na mesma cidade, o estudante de museologia João Pedro Gonçalves Guimarães, 22, encontrou a seção eleitoral praticamente vazia. “Não tinha fila. O processo em si não deve ter durado mais do que três minutos”, disse o universitário.

A aposentada Vera Lúcia Guarieiro, 76 anos, chegou às 7h30 à Faculdade Upis, onde aguardou aproximadamente meia hora para conseguir votar. “Minha seção é sempre cheia. No primeiro turno, votei à tarde, e demorou muito. Desta vez, resolvi vir nas primeiras horas, para não enfrentar transtornos. Mesmo assim, demorou cerca de 30 minutos”, relatou.

Disputa estadual

Neste domingo, mais de 156 milhões de cidadãos são esperados nas mais de 496 mil seções eleitorais espalhadas em todo o território nacional e no exterior. Além da votação para chefe do Executivo federal, também está em jogo a decisão sobre os governadores de 12 estados brasileiros.

Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo resolverão a disputa local levada ao segundo turno.

O transporte coletivo de graça está liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em todos esses estados. A medida é uma tentativa de reduzir a abstenção e dar igual oportunidade para que todos os cidadãos aptos participem do pleito.

Confira os candidatos em cada estado:

  • Alagoas: Paulo Dantas (MDB) X Rodrigo Cunha (União Brasil)
  • Amazonas: Wilson Lima (União Brasil) X Eduardo Braga (MDB)
  • Bahia: ACM Neto (União Brasil) X Jerônimo Rodrigues (PT)
  • Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB) X Manato (PL)
  • Mato Grosso do Sul: Capitão Contar (PRTB) X Eduardo Riedel (PSDB)
  • Paraíba: João Azevedo (PSB) X Pedro Cunha Lima (PSDB)
  • Pernambuco: Marília Arraes (Solidariedade) X Raquel Lyra (PSDB)
  • Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB) X Onyx Lorenzoni (PL)
  • Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União Brasil) X Marcos Rogério (PL)
  • Santa Catarina: Jorginho Mello (PL) X Décio Lima (PT)
  • Sergipe: Rogério Carvalho (PT) X Fábio (PSD)
  • São Paulo: Fernando Haddad (PT) X Tarcísio de Freitas (Republicanos)

Quando há necessidade de votação no segundo turno?

Segundo a Constituição brasileira, o que define a necessidade de realização de segundo turno é a adoção do critério da maioria absoluta de votos, característico do chamado sistema eleitoral majoritário de dois turnos.

Por esse critério da maioria absoluta, para vencer a eleição, não basta que um candidato tenha mais votos que seus adversários. Ele precisa acumular mais da metade dos votos válidos, ou seja, excluídos os votos em branco e os nulos, para ser eleito, em primeiro ou em segundo turno.

Uma vez obtida maioria absoluta dos votos válidos já em primeiro turno, o candidato é eleito, e a realização de um segundo turno não se faz necessária. Em caso de o pleito não ser concluído nesta primeira etapa, vão para o segundo turno apenas os dois candidatos mais votados no primeiro turno.

Regras

No Brasil, o voto é obrigatório para todos os brasileiros com idade entre 18 e 70 anos. Para isso, é necessário que o eleitor separe um documento com foto e saiba a sua zona e seção de votação.

São aceitos documentos como passaporte, carteira de categoria profissional reconhecida por lei, carteira de trabalho ou de habilitação, carteira de identidade e certificado de reservista.

O eleitor não precisa apresentar o Título de Eleitor, digital ou impresso, mas é necessário saber o seu local de votação. Caso o cidadão tenha perdido o documento, basta consultar a sua zona eleitoral no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fazer a consulta por nome, data de nascimento e nome da mãe.

Por Mariana Costa, Marcus Rodrigues e Nathália Cardim - Metrópoles

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