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Saiba como fotografar a superlua de morango com o telefone

Fenômeno que ocorrerá hoje (14/6) poderá ser visto em Belo Horizonte. O EM dá dicas para quem quer registrar belas imagens com o celular

Foto: Francisco Gelielçon/Estrutural On-line

A noite desta terça-feira (14/6) será agraciada com o fenômeno da superlua de morango. De acordo com especialistas, o satélite vai estar 11% maior e 20% mais brilhante do que o normal. Por isso, muitas pessoas gostariam de registrar a imagem com celular.

Então, a reportagem do Estado de Minas conversou com o fotógrafo Leandro Couri para entender melhor como tirar fotos da melhor forma possível.

Couri inicialmente esclareceu o porquê de fotos da lua feitas com o telefone celular não ficarem boas.

“A lua, em comparação à noite, tem uma discrepância de luz muito grande. Você só consegue tirar uma foto com um fotômetro. E quando a gente (fotógrafo) consegue fazer a foto da lua, ela não é feita naturalmente. Usamos uma técnica chamada de dupla exposição, na qual fotografamos o cenário onde a lua está, e fotografamos a lua separadamente. Depois juntamos (as imagens)”, explica

Porém, ele ressalta: "os celulares não têm isso fotômetro, por isso a foto sai estourada”.

Mas dá para fazer?

Para tudo há "um jeito". Couri explica que para obter o melhor resultado possível em uma foto, não só da lua, mas também de qualquer fenômeno espacial, como chuvas de meteoros e estrelas cadentes, é primordial um bom controle de iluminação.

Nos aparelhos celulares, que não possuem fotômetro, essa parte é chamada de exposição, o controle de luz e brilho que uma câmera lê.

“Diminua a exposição e mantenha a mão firme, se possível, com apoio para o aparelho. Quando a câmera do celular for apontada para a lua, muita luz vai entrar, e é muito para processar. Outra dica seria fazer a foto em plano aberto, com a lua no alto e o cenário embaixo. Pode ficar mais bonito e mais natural do que dar um zoom de aproximação. Vai ser bem mais difícil controlar a exposição com um zoom máximo”, diz.

O fotógrafo argumenta que para fazer uma foto de qualquer evento celeste, é necessário muito controle de exposição. A luz muda constantemente durante o dia, então, com a câmera profissional e o fotômetro, deve se fazer uso de técnicas que busquem superexpor ou subexpor a luz. Geralmente, para manter a estabilidade, os fotógrafos costumam usar um monopé para apoiar.

Como editar

O fotógrafo afirma que é melhor investir em um bom clique e não se preocupar tanto com a edição. “Resolva na hora do clique. Você pode dar pequenos retoques na imagem boa, e ela ficará muito boa. Mas se a foto não estiver legal, com edição ficará 'mais ou menos' e vai dar para perceber que foi manipulada”, argumenta.

Ele ainda enfatiza que um software de manipulação vai funcionar como um "plus, uma informação a mais para resgatar na imagem”.

E recomenda o software de edição Adobe Photoshop Lightroom. “É de uso profissional, tem também o app para smartphones”, conclui o fotógrafo.

Por Cler Santos - Estado de Minas / Correio Braziliense

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