Documentário registrou embate entre Bruno Pereira e Pelado. Veja vídeo

Imagens da Al Jazeera mostram equipe que tinha indigenista como membro abordando barco de pescador meses atrás

Reprodução

Um trecho de documentário produzido pela emissora Al Jazeera há alguns meses mostra um embate entre o indigenista Bruno Pereira e o pescador Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, nas águas do Vale do Javari, às margens de uma Terra Indígena.

No registro, Bruno está no barco de uma patrulha indígena que aborda uma embarcação pesqueira comandada por Pelado. Ao ser alertado estar próximo da reserva, o homem que confessou o assassinato de Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips nesta quarta-feira (15/6) reage de modo agressivo:

“Essa área aqui é zona de pesca, tu sabe disso. A área aqui é da comunidade, não tem nada a ver com indígena não. Vai tomar teu rumo ai”, diz ele, gesticulando enquanto segura uma faca e um prato com frutas (imagem em destaque).

Veja:

Imagens da rede Al Jazeera mostram os Vigilantes Indígenas abordando a embarcação de Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, no Vale do Javari. No vídeo é possível ouvir “Pelado”, principal suspeito pelo desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips. Bruno estava nessa patrulha pic.twitter.com/Ubeo2SunWZ

— Headline (@Headline_BR) June 14, 2022

As imagens foram feitas por uma equipe formada pela jornalista brasileira Monica Yanakiew e pelo cinegrafista francês Jules Guepratte, que trabalham para a Al Jazeera em inglês.

Na quarta-feira (15/6), a Polícia Federal confirmou ter encontrado restos humanos na região que foi apontada por um dos suspeitos como o local onde os corpos foram escondidos.

Ao menos cinco pessoas são investigadas por envolvimento nas mortes do jornalista e do indigenista. Duas já estão presas: Pelado, e o irmão dele Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Um terceiro teria auxiliado na execução, outro na ocultação dos corpos, e o quinto seria o mandante. Os nomes dos três, entretanto, não foram revelados.

Os restos humanos foram trazidos para Brasília, onde vão passar por perícia, em um avião da PF.

Por Raphael Veleda - Metrópoles