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Morre mãe de Mary Hellen, brasileira presa na Tailândia por tráfico

Defesa da jovem não consegue se comunicar com a mineira para informar falecimento. Ela teria buscado o dinheiro para ajudar no tratamento



Thelma Coelho, mãe da jovem Mary Hellen, presa na Tailândia por tráfico de drogas, morreu nesta quarta-feira (13/4). Ela lutava contra um câncer de útero e faleceu sem conseguir se comunicar com a filha depois que ela foi detida.

Kaelly Cavoli Moreira, uma das advogadas que atuam na defesa da mineira, afirmou que a comunicação sobre o falecimento ainda não foi respondida pelas autoridades tailandesas. “Em razão do fuso horário, é possível que o contato seja feito após o enterro”, explicou ao G1. “Já encaminhamos um e-mail para a embaixada e também estamos tentando contato com o Samut Prakan [prisão em que Mary Hellen está] para darmos a notícia de maneira mais respeitosa e sensível”.

Entrar na Tailândia portando drogas pode ser punido com pena de morte. O caso de Mary Hellen trouxe comoção nacional quando foi revelado, em fevereiro. Com 21 anos, ela foi presa ao desembarcar no aeroporto de Bangkok com 15,5 kg de cocaína.

O advogado Telêmaco Marrace, que também participa da defesa, argumenta que a jovem pode ter sido aliciada por traficantes e usada como “mula”, pessoas pagas para transportar drogas. Em alguns casos, os envolvidos podem não ter conhecimento sobre o que carregam, quais os fins e as consequências do tráfico internacional.

Ele contou que, em carta enviada por Mary Hellen em inglês pela família, ela torcia pela recuperação da mãe. “Manda um beijo ao meu avô e para minha avó. Lembro de todos vocês no Brasil. Mãe, eu amo você tanto e espero que você melhore logo. Um grande obrigado a todos do Brasil por me ajudarem. Estou muito feliz agora. Espero que minha família e todos os amigos me respondam. Me faz sentir muito feliz e sorrir todo dia. Vou sonhar com vocês todas as noites”, escreveu.

A jovem pode ter audiência preliminar, ainda sem data definida. A defesa também explicou ao portal como a comunicação com ela tem sido difícil. O contato seria dificultado pela pandemia da Covid-19 e pela superlotação das prisões tailandesas, problema também enfrentado no sistema prisional brasileiro.

“Até hoje a família não teve contato direto com ela. O contato é geralmente por e-mail, a resposta demora mais de 24 horas para chegar. Sempre dizem que estão fazendo o possível, mas não conseguimos avançar”, afirmaram os advogados.

Por Mariah Aquino - Metrópoles

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