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Sinpro resiste em retomar atividades letivas presenciais e prejudica ainda mais alunos da rede pública do DF

A Secretaria de Educação informou que os professores que não compareceram aos seus postos de trabalho terão seu ponto cortado

 

Apesar de todos os esforços do Governo do Distrito Federal (GDF), por intermédio da Secretária de Saúde em acelerar a imunização dos professores contra a Covid-19, visando o retorno das aulas 100% presenciais com segurança, está encontrando resistência de parte da categoria.
 
Vale lembrar que o Governador Ibaneis Rocha (MDB), quando anunciou sua intenção de assinatura do decreto para volta às aulas 100% presenciais, no dia 26 do mês passado, já previa que não haveria a concordância de toda categoria.
 
Na ocasião, o chefe do executivo do Distrito Federal destacou que sua decisão foi tomada com base na queda dos índices de transmissão da Covid-19 e no avanço da vacinação. “Sabemos que teremos resistências, principalmente por causa dos sindicatos, mas nós temos certeza de que estamos no caminho certo”, destacou.
 
“Quando pregaram lá atrás que o retorno às aulas matariam as crianças e os professores, ficou provado, depois de quase 90 dias de aula presencial, que ninguém morreu por conta disso. Tá na hora de dar um passo adiante e avançar, porque pensamos nas nossas crianças. Temos de tê-las em sala de aula, evitando a evasão escolar, que aumentou muito nos últimos períodos”, acrescentou.
 
O longo período longe das escolas e das salas de aula pode ter impacto permanente e profundo na vida de crianças e adolescentes. Segundo estimativas do Banco Mundial, a crise da Covid-19 destruiu mais de 10 anos de progresso no capital humano do país.

Na contramão pela volta da normalidade e na tentativa de minimizar as perdas irreparáveis do comprometido ano letivo, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), tenta justificar que a determinação da retomada das aulas 100% presenciais, anunciada pelo Governador Ibaneis Rocha, em 22 de outubro, foi "instituída sem absolutamente nenhum debate com a categoria, nem com o sindicato, nem com os gestores." De acordo com o sindicato da categoria, a decisão foi tomada conjuntamente pelas Secretarias de Educação e de Saúde e publicada no Diário Oficial do DF na sexta-feira, dia 29 do mês passado.
 
Questionado sobre o assunto, o diretor do Sinpro, Samuel Fernandes, alegou que o sindicato não foi ouvido pelo Governo do Distrito Federal. "Solicitamos diversas reuniões. Não temos condições para o retorno, ainda estamos vivendo uma pandemia. São mais de 500 mil famílias em risco", justificou.
 
Nesta quarta-feira (03), foram retomadas as aulas totalmente presenciais, porém a Secretaria de Educação, informou que algumas escolas permaneceram fechadas. Procurado para comentar sobre o assunto, o Sinpro informou que pelo menos 14 unidades de ensino do DF aderiram à paralisação . O sindicato realizou um ato de protesto, por volta das 9h, no Setor Comercial Sul.
 
A secretária de educação do DF, Hélvia Paranaguá, alertou que há uma urgência na retomada das aulas, visando o bom desenvolvimento educacional e pedagógico dos estudantes. "Nossos jovens passaram por um período muito difícil durante a pandemia, e agora chegou a hora de recuperar as perdas. Não temos um minuto a perder", disse.
 
Os professores que não compareceram aos seus postos de trabalho terão seu ponto cortado, conforme informação da Secretaria de Educação. "Nós estamos acreditando num retorno massivo da rede. A família precisa. O estudante necessita estar presente na escola o tempo todo. Hoje a situação é que o estudante fica cinco dias na escola e nove em casa, e isso não é o ideal para a educação", destacou Hélvia Paranaguá.
 
Ainda de acordo com a pasta, todos os docentes da rede pública de ensino do DF já foram imunizados com as duas doses da vacina contra Covid-19. A campanha de vacinação do DF também está imunizando adolescentes de 12 a 17 anos.
 
"Agora os índices são muito baixos, de casos de Covid. Os professores estão todos vacinados, e mais de 80% dos estudantes, entre 12 e 17 anos tomaram a D1, e mais de 28% tomaram a D2", finalizou.

Da redação Estrutural On-line

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