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"Foi só para abrir um debate", justifica homem que ateou fogo no monumento a Borba Gato

A Justiça decretou a prisão temporária do entregador de aplicativo, bem como a de sua esposa


Um dos principais responsáveis por atear fogo no monumento que homenageia o bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, se apresentou na delegacia de Polícia Civil e prestou depoimento nesta quarta-feira (28). Paulo Roberto da Silva Lima, mais conhecido como “Galo”, trabalha como entregador de aplicativo e líder do grupo Entregadores Antifascistas.

Questionado sobre a razão de incentivar o ataque a estátua, Paulo Roberto justificou que a intenção era abrir um debate sobre o monumento a um “genocida e abusador de mulheres”.

“O ato foi para abrir um debate. Em nenhum momento, foi feito para machucar alguém ou querer causar pânico. Que as pessoas agora decidam se querem ter uma estátua de três metros de altura que homenageia um genocida e um abusador de mulheres”, ressaltou.

Como essa forma de chamar atenção não é a mais apropriada, a Justiça decretou a prisão temporária do entregador de aplicativo, bem como a de sua esposa.

Os advogados de defesa, porém, argumentam que a mulher de Galo não estava presente no momento do incêndio e que o casal tem uma filha de 3 anos. O advogado Jacob Filho revelou que vai solicitar a conversão da prisão temporária da mulher em domiciliar, por causa da criança.

“O telefone utilizado pelo Paulo está em nome da esposa. É só por essa razão. Ela não tem ligação nenhuma [com o ato]”, explicou o jurista.

Relembre o caso

Inaugurada em São Paulo no ano de 1963, a estátua de Borba Gato foi queimada, no último sábado (24), durante os protestos contra o Presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com mais de 10 metros, o monumento do escultor Júlio Guerra foi erguido em comemoração ao IV Centenário do Bairro Santo Amaro.

Segundo estimativa da polícia, aproximadamente 40 pessoas ligadas ao movimento “Resistência Periférica” usaram pneus para atear fogo no símbolo dos bandeirantes paulistas, mas que tem um histórico de sangue e dor por sua relação de escravidão a negros e indígenas.

Da redação Estrutural On-line

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