Construções ilegais em Área de Preservação Ambiental dentro da Chácara Santa Luzia foram removidos e terreno ganhou cerca e mudas nativas. Mas um dia depois, elas foram destruídas.
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Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília |
Diretor do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva conta que todo o trabalho terá de ser refeito. “Com o vandalismo, as mudas não vingam mais. Isso prejudica duplamente porque precisamos voltar a fazer o que já estava pronto e há prejuízo financeiro”, diz. De acordo com ele, cada muda custa em torno de R$ 300 no mercado.
A região foi cercada pela Agência de Desenvolvimento (Terracap), dona do terreno, e começou a ser limpa pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Isso, porém, não impediu ação criminosa. “Tudo aconteceu durante a madrugada, depois que o serviço foi encerrado. Entramos em contato com a Polícia Militar para fiscalizar a área”, conta o major Gustavo Cunha de Souza, administrador regional do SCIA e Estrutural.
Comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) da Polícia Militar do DF, o major José Gabriel de Souza Júnior conta que uma equipe se deslocou à região nesta manhã, e o policiamento deve ser reforçado no lugar.
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Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília |
A Chácara Santa Luzia é uma zona não edificável e limítrofe com o Parque Nacional de Brasília – a mais importante unidade de conservação do Distrito Federal, responsável pela manutenção do abastecimento de água no Plano Piloto e área central da capital. Portanto, cercar a área e devolver o espaço que deveria ser tomado pela vegetação nativa é prioridade.
O espaço foi alvo de invasões por cerca de 20 anos e, mais recentemente, motivo de operações da Secretaria do DF Legal: em março e abril de 2019, por exemplo, foram removidas 428 edificações precárias em madeira e 220 mil metros lineares de cercas. A maior expansão da área ocupada aconteceu a partir de 2014.
POR JÉSSICA ANTUNES, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
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