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| Imagem de WikiImages por Pixabay |
A crise diplomática entre Estados Unidos e Venezuela atingiu novo patamar neste sábado (29/11). O presidente norte-americano Donald Trump afirmou que aeronaves civis e militares não devem sobrevoar o território venezuelano, em um recado direcionado especialmente a grupos ligados ao narcotráfico e ao tráfico de pessoas, segundo ele.
A mensagem foi publicada na Truth, rede social utilizada por Trump para comunicados oficiais e políticos. O mandatário não detalhou quais medidas serão adotadas para garantir o cumprimento da determinação, mas a fala ocorre em um contexto de forte movimentação das forças armadas dos EUA no entorno do Caribe e da América do Sul.
Nos últimos meses, Washington intensificou acusações de que o governo de Nicolás Maduro mantém vínculos com organizações criminosas que atuam no comércio ilegal de drogas. A partir dessa narrativa, a administração norte-americana passou a justificar exercícios militares e operações de interceptação marítima sob o argumento de enfrentamento ao chamado “narcoterrorismo”.
A ofensiva inclui o envio de porta-aviões, submarinos nucleares, caças e contingentes de fuzileiros navais. Desde novembro, a operação “Lança do Sul” tem promovido ações no Caribe e Pacífico, embora sem apresentação de evidências públicas que conectem os alvos diretamente ao crime transnacional.
Trump também já havia indicado, dias antes, que o governo dos EUA poderia considerar intervenções por terra em território venezuelano caso as investigações antinarcóticos apontem novos alvos. Exercícios recentes divulgados pelo Comando Sul contemplam simulações de desembarque, combate em selva e missões de infiltração.
Caracas rebate. O governo venezuelano afirma que está diante de mais uma tentativa de desestabilização política e denuncia um plano de ingerência estrangeira. Maduro ordenou mobilização de tropas e reforço da defesa aérea do país, classificando as ameaças como “provocações imperiais”.
O aumento do tom beligerante reacende o temor de que a disputa geopolítica entre ambos os países saia do campo diplomático e avance rumo a um confronto direto — cenário que preocupa governos e organismos internacionais empenhados em evitar uma escalada militar na região.
Da redação Estrutural On-line

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