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Autoridades israelenses e norte-americanas afirmaram ter desarticulado um suposto plano do Irã para assassinar a embaixadora de Israel no México, Einat Kranz-Neiger. A operação teria sido neutralizada com apoio das forças de segurança mexicanas, segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira (7).
De acordo com informações repassadas por fontes dos Estados Unidos, a conspiração teria sido organizada pela Força Quds — braço de elite da Guarda Revolucionária Iraniana — entre o fim de 2024 e o início de 2025. O grupo, segundo as investigações, pretendia usar intermediários recrutados a partir da embaixada iraniana na Venezuela, país aliado de Teerã.
“O ataque foi frustrado antes que representasse risco real”, declarou um oficial norte-americano sob condição de anonimato, acrescentando que o episódio “se encaixa em um padrão mais amplo de ações iranianas contra diplomatas e dissidentes em diversos países”.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel agradeceu às autoridades mexicanas pela rápida resposta e afirmou que o caso evidencia o “alcance global das atividades da Força Quds”. Já o governo mexicano e a missão iraniana nas Nações Unidas preferiram não se manifestar até o momento.
A revelação surge em meio à escalada de tensões entre Israel e Irã. Desde o ataque israelense contra a embaixada iraniana em Damasco, em abril de 2024 — que matou oficiais da Guarda Revolucionária —, os confrontos diretos e indiretos entre os dois países se intensificaram. Teerã respondeu com mísseis e drones, e Israel ampliou suas ofensivas, inclusive dentro do território iraniano, com apoio dos Estados Unidos.
Nos últimos meses, a Força Quds também foi acusada de planejar atentados contra comunidades judaicas e representações diplomáticas em diferentes partes do mundo. Em um dos episódios mais recentes, a Austrália expulsou o embaixador iraniano após suspeitas de envolvimento de agentes de Teerã em incêndios criminosos contra alvos judaicos.
O México, por sua vez, mantém relações diplomáticas tanto com Israel quanto com o Irã e costuma adotar postura de neutralidade em disputas internacionais, embora tenha se posicionado a favor de investigações sobre possíveis violações de direitos humanos na Faixa de Gaza.
Da redação Estrutural On-line
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