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Em nova mensagem publicada nesta quinta-feira (16/10) na rede social Truth Social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a ameaçar o grupo Hamas, advertindo que, se os combates e mortes na Faixa de Gaza persistirem, Washington poderá intervir militarmente.
Na postagem, Trump afirmou que a continuidade das ações violentas por parte do Hamas significaria o rompimento do entendimento buscado pelas partes e reiterou a dura possibilidade de intervenção: “Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, não teremos escolha a não ser entrar e matá-los”, escreveu o presidente.
A declaração ocorre num momento em que Trump tem atuado como um dos mediadores do cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino, ao lado de outros países envolvidos nas negociações. Desde que passou a participar do processo, o mandatário norte-americano tem condicionado o alívio das tensões à interrupção das hostilidades por parte do Hamas e ao desarmamento do movimento — posição que, segundo ele, pode ser imposta pela força, caso não ocorra de forma voluntária.
Conflito de versões
Autoridades israelenses e o Hamas trocam acusações sobre descumprimentos do acordo de trégua: Israel afirma que o grupo radical não estaria cumprindo compromissos, incluindo a devolução de restos mortais de reféns; o Hamas, por sua vez, acusa forças israelenses de ações letais na Faixa de Gaza mesmo durante o cessar-fogo, o que considera uma violação.
O plano de paz anunciado por Trump, apresentado em conjunto com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, prevê um conjunto de medidas — relatadas como 20 pontos — que passam pelo desarmamento do Hamas e pela transferência de controle sobre a Faixa de Gaza. O presidente afirmou, em outra publicação recente, que a “segunda fase” do plano já teria sido iniciada.
Repercussão internacional e riscos
Especialistas em relações internacionais alertam que declarações com tom militar podem aumentar a tensão na região e complicar esforços diplomáticos em curso. Qualquer intervenção direta dos Estados Unidos em território controlado pelo Hamas envolveria riscos políticos e humanitários significativos, sobretudo diante da delicada situação civil em Gaza.
A Casa Branca ainda não comentou oficialmente a postagem de Trump. Representantes do Hamas também não divulgaram novo posicionamento além das acusações já feitas sobre ações israelenses durante o cessar-fogo.
Da redação Estrutural On-line
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