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O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi expulso expulso da Convenção Geral da Assembleia de Deus de Brasília (Adeb), realizada na manhã do último sábado (25/10) em Taguatinga. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o político é conduzido para fora do local.
De acordo com a organização da convenção, Arruda foi convidado a se retirar, já que o evento seria reservado apenas a ministros credenciados da igreja. O pastor Carlos Xavier, irmão do presidente da Adeb, pastor Orcival Pereira Xavier, confirmou a decisão de impedir o ingresso do ex-governador.
Segundo relatos, ao chegar à portaria, Arruda foi informado pelo presbítero Daniel Abrantes de que não poderia participar da reunião. Ainda assim, ele teria insistido em entrar sob o argumento de que desejava apenas receber uma oração. O presbítero relatou que, diante da negativa, Arruda teria reagido de forma ríspida em tom de ameaça, afirmando que “daria o troco” quando voltasse ao comando do Governo do Distrito Federal.
Para evitar tumulto, Abrantes não teria reagido à atitude do ex-governador, que acabou entrando por alguns minutos, enquanto a equipe da igreja consultava o pastor presidente. Pouco depois, a orientação foi de que Arruda deixasse o local. A saída foi registrada por fiéis e compartilhada nas redes sociais. Veja o vídeo.
O ex-governador, alega que não foi expulso e afirmou que havia sido convidado oficialmente para a convenção, sendo recebido “com tapete vermelho”.
“Isso é uma invenção absurda. Fui muito bem recebido, cumprimentei todos e saí apenas porque tinha outro compromisso em Samambaia”, declarou Arruda.
A Convenção da Adeb, por sua vez, encerrou o episódio reafirmando que o evento tinha caráter estritamente institucional e reservado a líderes religiosos, sem espaço para manifestações políticas e que Arruda em nenhum momento haveria sido convidado.
Mesmo inelegível em razão de condenações na Operação Caixa de Pandora, Arruda tem tentado encontrar brechas na recente alteração da Lei da Ficha Limpa para tentar viabilizar uma candidatura ao Palácio do Buriti em 2026. Especialistas, no entanto, avaliam que a mudança não tem efeito retroativo e dificilmente beneficiará o ex-governador.
Por Francisco Gelielcon
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