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Walterson Rosa/MS |
O Distrito Federal recebe nesta sexta-feira (17/10) uma unidade móvel de saúde equipada para oferecer atendimentos e exames especializados a mulheres que aguardam consultas e diagnósticos na rede pública. A carreta faz parte do programa Agora Tem Especialistas, iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com o Governo do DF (GDF), e tem foco na prevenção e detecção precoce do câncer de mama e do colo do útero.
A primeira parada será em Ceilândia, no estacionamento do Hospital Regional da cidade (HRC), onde permanecerá por cerca de 30 dias antes de seguir para outra região administrativa.
Atendimento direcionado
Diferente de campanhas abertas ao público, o serviço da carreta será destinado a mulheres já cadastradas no sistema de regulação do GDF. Isso significa que apenas pacientes encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e que aguardam consultas especializadas ou exames complementares serão chamadas para o atendimento.
Entre os procedimentos oferecidos estão consultas com mastologistas e ginecologistas, além de exames como biópsias, ultrassonografias e colposcopias. Segundo o diretor do programa, Rodrigo Oliveira, o objetivo é acelerar o atendimento de casos que já estão em investigação médica.
“Essas mulheres já passaram por uma primeira avaliação e precisam concluir o diagnóstico. O que o programa faz é aproximar o atendimento, garantindo agilidade e continuidade no cuidado”, afirmou.
Meta e alcance
A expectativa do Ministério da Saúde é atender até 1,5 mil mulheres por mês apenas na unidade instalada no DF. O governo federal prevê ainda a chegada de outras duas carretas até o fim do ano, ampliando o alcance do programa.
Atualmente, 28 carretas estão em operação em diferentes estados, oferecendo serviços de saúde da mulher, além de exames de imagem, oftalmologia e tomografia. A meta é colocar 74 unidades móveis em funcionamento até o final do mês.
Um problema nacional
O Ministério da Saúde estima que cerca de 300 mil pessoas morreram no último ano em decorrência de diagnósticos realizados fora do tempo ideal. Para Rodrigo Oliveira, o programa é uma resposta direta a essa defasagem.
“Diagnosticar cedo salva vidas. Não basta oferecer exames isolados — é preciso garantir que, quando uma suspeita aparece, o tratamento comece o mais rápido possível. Isso muda completamente o desfecho da doença”, explicou.
A ação reforça o compromisso do SUS em descentralizar o acesso a exames e consultas, levando serviços especializados a regiões com maior demanda reprimida e fortalecendo a rede de atenção à saúde da mulher.
Da redação Estrutural On-line
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