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Um grave acidente ocorrido na noite de sexta-feira (17) na BR-423, entre Paranatama e Saloá, no Agreste pernambucano, deixou 17 mortos e dezenas de feridos. O ônibus envolvido, que seguia com passageiros oriundos da Bahia e de Minas Gerais, transportava mais pessoas do que o número oficialmente informado à empresa responsável pelo fretamento, segundo apontam as primeiras investigações.
Durante coletiva de imprensa neste sábado (18), o assessor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Cristiano Mendonça, informou que há indícios de que parte dos ocupantes não constava na lista oficial de embarque. A hipótese é de que algumas pessoas tenham embarcado ao longo do trajeto, em caronas não registradas. “A lista inicial apresentava 32 nomes, mas o número de vítimas socorridas e identificadas indica que havia mais passageiros a bordo”, declarou.
O ônibus tombou após colidir com pedras e um barranco às margens da rodovia. As equipes de resgate encontraram um cenário de destruição, e parte dos feridos precisou ser levada a hospitais de municípios vizinhos.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. De acordo com o delegado-geral Renato Leite, o motorista alegou que o veículo teria perdido o freio antes de sair da pista. No entanto, passageiros e testemunhas afirmam que o condutor trafegava em alta velocidade no momento do ocorrido.
Leite informou ainda que três listas de passageiros foram encontradas, mas nenhuma coincide com o total de vítimas atendidas. “Nossos levantamentos preliminares sugerem que cerca de 40 pessoas estavam no ônibus, o que levanta dúvidas sobre o controle e a regularidade do transporte”, afirmou o delegado.
A perícia da Polícia Científica de Pernambuco foi acionada para determinar as causas exatas do acidente, enquanto as autoridades trabalham na identificação das vítimas e no suporte às famílias.
Da redação Estrutural On-line
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