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Três caças russos são interceptados pela Otan após invasão do espaço aéreo da Estônia

Imagem de Robert Waghorn por Pixabay

Três aeronaves militares russas do modelo MiG-31 foram interceptadas nesta sexta-feira (19/9) pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) depois de entrarem sem autorização no espaço aéreo da Estônia. Segundo o governo estoniano, os jatos permaneceram por cerca de 12 minutos sobre o Golfo da Finlândia antes de recuar diante da aproximação de caças da aliança.

O Ministério das Relações Exteriores da Estônia confirmou que o encarregado de negócios da Rússia foi convocado para prestar esclarecimentos. O ministro Margus Tsahkna classificou a incursão como “a mais ousada do ano” e defendeu maior pressão política e econômica contra Moscou. “A Rússia já violou o espaço aéreo estoniano em outras quatro ocasiões em 2025. Mas a entrada simultânea de três caças representa um nível de provocação inaceitável”, afirmou.

A porta-voz da Otan, Allison Hart, disse que o episódio ilustra “o comportamento imprudente da Rússia” e destacou a pronta reação da aliança.

Escalada na região

A violação ocorre em meio a uma série de incidentes envolvendo forças russas em países da Europa Oriental. No início de setembro, 19 drones atravessaram o espaço aéreo da Polônia, quatro deles abatidos com apoio da Otan — primeiro confronto direto com equipamentos militares russos desde o início da guerra na Ucrânia. Na semana passada, a Romênia também registrou a entrada de um drone, levando caças F-16 a serem acionados, sem disparos.

Para reforçar o flanco leste, a aliança lançou a operação Sentinela Oriental, com a participação de Espanha, Reino Unido, Itália, Suécia, França, Alemanha e República Tcheca.

Reação da União Europeia

A primeira-ministra da Estônia e vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, classificou a violação aérea como uma “provocação extremamente perigosa” em publicação nas redes sociais. Ela ressaltou que este foi o terceiro episódio em menos de uma semana envolvendo espaço aéreo da União Europeia.

“Putin está testando a determinação do Ocidente. Não podemos demonstrar fraqueza”, afirmou Kallas, que disse manter contato direto com líderes europeus para garantir apoio a Tallinn.

O incidente ocorre no mesmo dia em que a Comissão Europeia apresentou o 19º pacote de sanções contra Moscou, que inclui restrições ao comércio de gás natural liquefeito, operações bancárias, plataformas de criptomoedas e a frota de 118 navios acusada de driblar embargos internacionais. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, pediu aprovação rápida das medidas pelos Estados-membros e defendeu que o endurecimento econômico é essencial para cortar recursos destinados à guerra na Ucrânia.

Da redação Estrutural On-line

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