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| Foto: KyivMax - Arquivo: Gabinete de Ministros da Ucrânia / Licença: CC BY-SA 4.0 |
A Rússia realizou, na madrugada deste domingo (7), o maior ataque contra a Ucrânia desde o início da guerra, utilizando mais de 800 drones e diversos mísseis. Pela primeira vez, a sede do governo ucraniano em Kiev foi atingida, segundo autoridades locais.
De acordo com a primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Sviridenko, o bombardeio provocou danos no telhado e nos andares superiores do edifício governamental. Imagens divulgadas pelo Serviço Estatal de Emergências (DSNS) mostram incêndios e fumaça saindo das janelas destruídas.
O ministro das Relações Exteriores, Andrii Sybiha, classificou o episódio como uma “grave escalada”. Ele destacou que também foi a primeira vez que Moscou utilizou um volume tão elevado de drones em uma única ofensiva: 810, segundo a Força Aérea ucraniana, além de mísseis de cruzeiro e balísticos.
Mortes e destruição em Kiev
Na capital, duas pessoas morreram e 17 ficaram feridas, entre elas um menor de idade. O distrito de Sviatoshynskyi foi o mais afetado: um prédio de nove andares teve quatro pavimentos parcialmente destruídos e incêndios em diferentes pontos. Outros edifícios residenciais e comerciais também foram atingidos por fragmentos de drones e mísseis.
As defesas aéreas da Ucrânia conseguiram derrubar 747 drones e quatro mísseis de cruzeiro, mas ainda assim houve impactos em ao menos 33 locais.
Outras cidades atacadas
Além de Kiev, regiões como Odessa, Zaporizhzhya, Krivoy Rog, Kremenchuk e Dnipropetrovsk também foram alvo. Em Odessa, três pessoas ficaram feridas, prédios residenciais e uma academia foram danificados. Em Kremenchuk, parte da cidade ficou sem energia elétrica após a ofensiva.
Reações ucranianas
Sviridenko afirmou que a Ucrânia precisa de mais apoio internacional, não apenas em palavras, mas em sanções contra o petróleo e o gás russos, além do envio de armas para reforçar a defesa antiaérea.
— Restauraremos os prédios, mas as vidas perdidas não podem ser recuperadas — escreveu.
Sybiha, por sua vez, ressaltou que os ataques ocorreram no mesmo momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenta negociar uma saída diplomática para o conflito.
— Putin rejeita o diálogo e prefere intensificar o terror — disse o chanceler.
Da redação Estrutural On-line


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