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Estado de exceção é decretado na Venezuela em meio a conflito diplomático com os EUA

Imagem de Rafael Urdaneta Rojas por Pixabay

O governo da Venezuela decretou, nesta segunda-feira (29/9), estado de exceção em resposta ao aumento das tensões com os Estados Unidos. A medida, anunciada pela vice-presidente Delcy Rodríguez, concede poderes ampliados ao presidente Nicolás Maduro para lidar com cenários de “agressão externa”.

Segundo Rodríguez, a decisão busca reforçar a defesa nacional após a intensificação da presença militar norte-americana no Caribe. Nos últimos meses, os EUA realizaram operações navais sob o pretexto de combater o narcotráfico na região, o que Caracas interpreta como uma ameaça direta à sua soberania.

Como reação, o governo venezuelano lançou a operação “Caribe Soberano 200”, um exercício militar que envolve as Forças Armadas e milícias populares. Autoridades afirmam que milhões de cidadãos foram mobilizados em treinamentos e simulações de combate.

O confronto diplomático ganhou força desde agosto, quando a administração do então presidente Donald Trump deslocou navios de guerra para o Caribe. Washington também realizou ataques contra embarcações venezuelanas acusadas de ligação com cartéis de drogas, resultando na destruição de três barcos e na morte de 11 pessoas. Apesar disso, a Casa Branca insiste que não há intenção de intervenção direta para derrubar Maduro.

As tensões também são alimentadas por acusações dos EUA de que o líder venezuelano comandaria o chamado “Cartel dos Sóis”, grupo criminoso supostamente ligado a militares do país. Em março, autoridades americanas chegaram a oferecer recompensa de até US$ 50 milhões por informações que levassem à captura de Maduro. O governo venezuelano, por sua vez, nega as denúncias e classifica as ações de Washington como uma tentativa de desestabilizar o regime.

Com o estado de exceção em vigor, Caracas pretende manter suas tropas em alerta máximo e reforçar a mobilização social, numa estratégia que, segundo o Palácio de Miraflores, é essencial para proteger o território diante de possíveis ofensivas externas.

Da redação Estrutural On-line

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