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Bar nos Jardins é interditado após suspeita de venda de bebidas com metanol em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

Um bar localizado na esquina da alameda Lorena com a rua Ministro Rocha Azevedo, na região dos Jardins, zona nobre de São Paulo, foi interditado na tarde desta terça-feira (30/9) durante uma operação conjunta da Polícia Civil e das vigilâncias sanitárias municipal e estadual. O estabelecimento, conhecido como Ministrão, é investigado por suspeita de comercializar bebidas alcoólicas adulteradas com metanol.

Na véspera da interdição, equipes do Centro de Vigilância Sanitária já haviam apreendido cerca de cem garrafas de destilados no local. Segundo as autoridades, o bar permanecerá fechado até a conclusão das análises laboratoriais. Além dele, outros três pontos comerciais foram interditados: um na Mooca, outro na Vila Mariana e um terceiro em São Bernardo do Campo.

No momento da ação, o maestro João Carlos Martins, que mora na região, estava próximo ao bar. Embora não seja cliente do estabelecimento, lamentou o ocorrido: “É triste ver esse tipo de notícia. Prefiro quando a cidade é lembrada por coisas boas”, disse.

Avanço das investigações

As operações fazem parte de uma força-tarefa do governo paulista para combater a venda de bebidas clandestinas. Apenas nesta terça-feira, mais de 112 garrafas de vodca foram recolhidas em diferentes bairros da capital. No total, desde segunda-feira (29/9), a Polícia Civil já apreendeu 50 mil garrafas suspeitas de adulteração e 15 milhões de selos fiscais falsificados.

Quatro distribuidoras foram identificadas como suspeitas de envolvimento, e dois homens foram presos. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, não há indícios de participação de facções criminosas. A principal linha de investigação aponta para quadrilhas independentes, responsáveis por fábricas clandestinas.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou a criação de um gabinete de crise para acompanhar o caso e reforçou a necessidade de interdições cautelares. “A prioridade é preservar a saúde da população. Os locais só voltarão a funcionar quando houver plena garantia de segurança”, declarou.

Casos confirmados e alerta de saúde

Até o momento, o governo estadual confirmou sete casos de intoxicação por metanol, sendo cinco mortes associadas ao consumo de bebidas adulteradas. Outros 15 casos seguem em investigação.

A Secretaria de Estado da Saúde emitiu alerta a profissionais da rede pública e privada, orientando atenção especial a pacientes com sintomas como visão turva, dor abdominal, confusão mental, vômitos, convulsões e, em casos mais graves, risco de cegueira irreversível ou óbito.

O documento recomenda avaliação imediata, exames laboratoriais e atendimento oftalmológico em casos suspeitos.

Da redação Estrutural On-line

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