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Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, se reuniram nesta sexta-feira (15) em Anchorage, no Alasca, para discutir a possibilidade de um cessar-fogo na guerra da Ucrânia. O encontro, batizado de Busca pela Paz pela Casa Branca, começou por volta das 11h30 no horário local (16h em Brasília) e pode se estender por até sete horas, segundo o Kremlin.
A agenda prevê uma reunião a portas fechadas entre os dois líderes, um almoço bilateral e, ao final, uma coletiva de imprensa conjunta. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não foi convidado, o que gerou críticas de Kiev. “É impossível falar sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”, declarou Zelensky, afirmando que não reconhecerá decisões tomadas sem a participação de seu governo.
Cenário simbólico
A escolha do Alasca para sediar a cúpula tem peso político e histórico. A região foi comprada pelos EUA da Rússia no século 19 e fica a poucos quilômetros do território russo, longe do campo de batalha, mas carregada de simbolismo.
Putin chega ao encontro apresentando-o como prova de que não está isolado no cenário internacional. Já Trump busca reforçar sua imagem de negociador e “presidente da paz”, mesmo após alternar medidas de pressão e gestos de aproximação com Moscou e Kiev desde que voltou à Casa Branca.
Exigências e impasses
Apesar da abertura ao diálogo, a Rússia mantém suas condições para aceitar um acordo: controle das áreas ocupadas em Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson, com a retirada das tropas ucranianas desses territórios. Kiev considera as exigências inaceitáveis e acusa Moscou de preparar novas ofensivas.
As negociações diretas entre os dois países, retomadas em maio, avançaram pouco até agora. Os encontros anteriores resultaram apenas na troca de prisioneiros e na devolução de corpos de soldados.
Propostas em discussão
Fontes diplomáticas indicam que Trump pretende apresentar um pacote econômico para convencer Putin a aceitar um cessar-fogo. As propostas incluiriam flexibilizações em sanções contra o setor de aviação russo e concessões relacionadas a recursos naturais, tanto no Alasca quanto em áreas sob controle russo na Ucrânia. O presidente norte-americano, no entanto, negou que discuta qualquer cessão territorial sem o aval de Zelensky.
Ainda não há previsão de assinatura de acordos durante a reunião, mas Moscou não descarta a possibilidade de novos encontros, inclusive em território russo.
Da redação Estrutural On-line
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