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Edição: Estrutural On-line |
A Polícia Federal abriu investigação contra o senador goiano Wilder Morais (PL) por suspeita de irregularidades no uso de emendas parlamentares. A apuração envolve cerca de R$ 1 milhão destinados por ele, cujos repasses não estariam acompanhados de planos de trabalho que comprovem sua execução.
A determinação partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, no último domingo (24). Ele ordenou que o Tribunal de Contas da União (TCU) identifique e encaminhe, em até dez dias úteis, todas as emendas sem documentação que comprove sua aplicação. As informações deverão ser analisadas pela PF, que poderá instaurar inquéritos em cada caso.
O caso de Wilder Morais se insere em um contexto mais amplo: segundo levantamento inicial, 964 emendas de parlamentares em todo o país estão sob suspeita, totalizando R$ 649 milhões. Esse modelo de repasse foi instituído em 2019, com o objetivo de agilizar a transferência de recursos da União para estados e municípios. A medida, no entanto, dispensou exigências que antes serviam como controle, como convênios ou projetos específicos.
Especialistas em contas públicas alertam que a falta de transparência pode abrir espaço para desperdício e desvio de verbas. Além disso, a proximidade do calendário eleitoral aumenta o risco de que esses recursos sejam usados como instrumento de barganha política ou aplicados em obras de impacto imediato, mas de pouca relevância para a população.
A investigação busca esclarecer se houve desvio ou aplicação irregular do valor destinado por Wilder Morais. Caso sejam confirmadas irregularidades, o senador poderá responder por uso indevido de dinheiro público.
Da redação Estrutural On-line
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