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Deputados da oposição ocupam Mesa da Câmara com esparadrapos na boca em protesto pela prisão de Bolsonaro

Foto: Reprodução/Instagram

Parlamentares da oposição protagonizaram um protesto inusitado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (5), ao ocuparem a Mesa Diretora com esparadrapos na boca. O ato simboliza a insatisfação com a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e busca pressionar por medidas como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado.

A manifestação, que reúne cerca de 15 deputados, visa obstruir os trabalhos legislativos. Sentados nas cadeiras da presidência da Câmara, os parlamentares prometem permanecer no local até que suas reivindicações sejam atendidas. Entre elas, estão também o pedido de impeachment de Moraes e a votação de propostas consideradas prioritárias pelos oposicionistas.

“Não sairemos daqui até que os presidentes de ambas as Casas busquem uma solução para pacificar o Brasil”, afirmou o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).

Mesmo mantendo silêncio durante grande parte do protesto — em alusão ao que consideram censura política — os parlamentares interrompem brevemente o gesto para se comunicar por telefone ou beber água. A ação causou a suspensão das sessões previstas na Câmara e gerou reação do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que convocou uma reunião de emergência com os líderes partidários para discutir o impasse.

Mais cedo, a oposição apresentou o que chamou de “pacote da paz”, conjunto de propostas que, segundo os articuladores, têm como objetivo restaurar o equilíbrio entre os Três Poderes. Entre os pontos centrais estão a anistia “ampla, geral e irrestrita” para os condenados pelos ataques às sedes dos poderes em janeiro de 2023, a abertura de processo contra Moraes e o avanço da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim do foro privilegiado.

A estratégia da oposição é clara: sem o avanço dessas propostas, novas votações não acontecerão nem na Câmara nem no Senado. A ocupação das Mesas Diretoras, portanto, busca impedir que as sessões sejam abertas.

A mobilização segue sem prazo para terminar e marca mais um capítulo da tensão entre Congresso e Judiciário, num cenário de forte polarização política.

Da redação Estrutural On-line

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