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Chefe da Otan alerta para preparação militar de Rússia e China para confronto de longo prazo

Imagem de DANIEL DIAZ por Pixabay

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, afirmou nesta quarta-feira (27/8) que Rússia e China vêm ampliando suas capacidades militares em ritmo acelerado, com foco em um possível embate prolongado contra a aliança ocidental. A declaração foi feita durante a inauguração de uma fábrica de munições em Unterlüß, na Alemanha.

“Ambos os países estão reforçando suas Forças Armadas em velocidade e escala impressionantes. Esse fortalecimento aponta para um cenário claro: eles se preparam para uma disputa estratégica duradoura conosco”, declarou Rutte.

Diante desse quadro, o dirigente voltou a pedir que os 32 países que integram a Otan aumentem seus investimentos no setor de Defesa e fortaleçam a indústria bélica. Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a aliança tem fornecido suporte militar ao governo de Volodymyr Zelensky, mas já reconheceu dificuldades em repor estoques de armas e munições.

Em maio deste ano, o próprio Rutte admitiu que a Rússia supera a Otan em capacidade de produção de armamentos, o que ajuda a explicar o prolongamento e a intensidade dos combates. Em resposta, os países-membros decidiram ampliar gastos militares, estabelecendo como meta destinar até 5% do PIB ao setor, medida apoiada por pressões de Washington.

O debate sobre o futuro da aliança ganhou força após declarações do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que chegou a sugerir a retirada dos Estados Unidos da Otan caso aliados não aumentassem os investimentos em defesa. Como os EUA são responsáveis pela maior parte dos aportes, uma eventual saída representaria um duro golpe à estrutura do bloco.

A incerteza sobre a continuidade do apoio a Kiev também impulsionou uma corrida armamentista na Europa, sobretudo entre países mais próximos à fronteira russa, que veem o avanço militar de Moscou como ameaça direta.

Exercício conjunto no Pacífico

No mesmo dia das declarações de Rutte, as Forças Armadas da Rússia e da China concluíram manobras conjuntas no Oceano Pacífico. O treinamento envolveu navios de guerra e submarinos das duas potências, em mais uma demonstração de alinhamento estratégico entre Moscou e Pequim.

Da redação Estrutural On-line

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