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| Marcello Casal JrAgência Brasil |
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, nesta sexta-feira (8/8), enviar à Corregedoria Parlamentar representações que pedem a suspensão de pelo menos cinco parlamentares por até seis meses. A medida foi tomada após os envolvidos participarem de atos que impediram o andamento das sessões no início desta semana.
Entre os nomes citados estão Marcel van Hattem (Novo-RS), Julia Zanatta (PL-SC), Zé Trovão (PL-SC), Marcos Pollon (PL-MS) e Camila Jara (PT-MS). Segundo a direção da Casa, a decisão ocorreu após os deputados se recusarem a deixar a cadeira do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e a Mesa Diretora, em meio à ocupação do plenário promovida por integrantes da oposição ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No caso de Camila Jara, a solicitação de afastamento partiu do PL, que a acusa de agredir o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante os protestos.
O episódio repete precedentes recentes na Câmara, como as suspensões de três meses aplicadas a Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG). Desta vez, a confusão teve origem em um ato de obstrução promovido por parlamentares bolsonaristas, que protestavam contra a prisão domiciliar de Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na última segunda-feira (4/8).
Os manifestantes cobravam a votação imediata de três medidas: anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, fim do foro privilegiado e abertura de processo de impeachment contra Moraes. Diante da resistência, Hugo Motta convocou nova sessão e advertiu que qualquer insistência na paralisação resultaria em punições mais severas, podendo chegar a seis meses de suspensão.
Em entrevista na quinta-feira (7/8), Motta disse que o caso estava sob análise e reforçou que não cederá a pressões ou imposições para definir a pauta da Câmara.
Da redação Estrutural On-line
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