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Foto: Ed Alves/CB/DA.Press |
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), elevou o tom contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso Nacional, em meio ao impasse gerado pelo aumento de 50% nas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo ele, a falta de negociação direta com o presidente norte-americano, Donald Trump, compromete a competitividade do país e ameaça setores estratégicos da economia.
Caiado destacou que o chamado “tarifaço” atinge especialmente áreas como agronegócio, mineração e indústria de transformação, com potencial de provocar prejuízos bilionários e queda nas exportações. “Lula demonstra insensatez. Em vez de se preocupar com economia, empregos e investimentos internacionais, antecipa o processo eleitoral. Isso causa indignação nos governadores. Não fomos consultados sobre essa decisão, mas somos penalizados por ela”, afirmou.
Além das críticas ao chefe do Executivo federal, o governador apontou omissão do Congresso diante da crise. Para ele, o Legislativo “se acovardou” ao não pautar medidas que poderiam amenizar os impactos das tarifas. “Eu conheço o regimento e sei que quem pauta é a maioria. Se existe maioria para deliberar, os presidentes das Casas devem colocar em votação. Isso é democracia”, declarou.
Durante o encontro de governadores em Brasília, Caiado também defendeu maior independência do Parlamento para enfrentar o que considera um momento grave para o setor produtivo. “Não queremos conviver com quem acha que pode fechar o Brasil e prejudicar quem produz. Isso é inadmissível”, disse.
O governador, pré-candidato à Presidência em 2026, ainda reafirmou que, caso eleito, concederá anistia a todos os presos pelos atos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se eu assumir a Presidência, meu primeiro ato será anistiar todos. Essa é uma prerrogativa do presidente, e farei uso dela”, afirmou.
Enquanto isso, empresários e produtores aguardam uma solução diplomática capaz de reverter ou reduzir o impacto das tarifas norte-americanas, enquanto a pressão sobre o Planalto cresce.
Da redação Estrutural On-line
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