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Foto: Instagram @standwithus_brasil |
Neste domingo (6), um protesto organizado pela organização StandWithUs Brasil chamou a atenção de frequentadores da Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. A manifestação teve como foco a entrada do Irã no BRICS e foi marcada por uma forte crítica às violações de direitos humanos atribuídas ao regime iraniano.
O ato, realizado próximo à Rua Farme de Amoedo — conhecida por ser um ponto tradicional da comunidade LGBTQIA+ — contou com a exibição de mil bandeiras do arco-íris e dez estruturas simbolizando forcas. A instalação simbólica buscou denunciar a perseguição a pessoas LGBTQIA+ no Irã, país onde relações entre pessoas do mesmo sexo podem ser punidas com a pena de morte.
Além da situação da comunidade LGBTQIA+, a entidade organizadora também manifestou repúdio à repressão exercida pelo governo iraniano contra mulheres, cristãos e outras minorias. Em nota, a StandWithUs Brasil declarou: “O Irã não pode ser amigo do Brasil”, reforçando seu posicionamento contrário à aproximação entre os dois países no contexto do BRICS.
O protesto ocorreu paralelamente à cúpula do BRICS, sediada na capital fluminense até esta segunda-feira (7). O evento reúne chefes de Estado e representantes dos países-membros — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — com o objetivo de ampliar a cooperação econômica e política entre as nações. O Irã passou a integrar oficialmente o bloco em janeiro deste ano.
Entre os líderes presentes no encontro estão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o sul-africano Cyril Ramaphosa e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. A China é representada pelo premiê Li Qiang, enquanto Vladimir Putin participa por videoconferência, devido ao mandado de prisão internacional emitido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional.
A manifestação em Ipanema buscou provocar um debate público sobre os valores compartilhados pelos integrantes do BRICS e levantar questionamentos sobre a legitimidade da inclusão de países com histórico de violações aos direitos humanos no bloco.
Da redação Estrutural On-line
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