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Otan adverte Brasil, China e Índia sobre possível retaliação caso Rússia rejeite acordo de paz

Aliança militar liderada por países do Ocidente considera sanções econômicas a nações que mantêm laços comerciais com Moscou em meio à guerra na Ucrânia.


Imagem de DANIEL DIAZ por Pixabay

Em visita oficial aos Estados Unidos nesta terça-feira (15), o novo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, fez duras declarações sobre o envolvimento indireto de países como Brasil, China e Índia no conflito entre Rússia e Ucrânia. Segundo o líder da aliança militar, essas nações poderão sofrer sanções econômicas caso Moscou não demonstre disposição para negociar a paz dentro de um prazo estipulado.

“Se a Rússia não der sinais claros de compromisso com as tratativas de cessar-fogo nos próximos 50 dias, sanções secundárias poderão ser impostas a países que continuam cooperando economicamente com o regime de Vladimir Putin”, afirmou Rutte após se reunir com parlamentares norte-americanos. Ele destacou nominalmente Brasil, Índia e China como possíveis alvos de medidas punitivas. “Minha recomendação a esses países é: conversem com Putin. Caso contrário, vocês sentirão os efeitos econômicos dessa escolha.”

As declarações surgem após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestar frustração com a postura de Putin no conflito do Leste Europeu. Na segunda-feira (14), o republicano ameaçou ampliar as tarifas comerciais contra parceiros estratégicos da Rússia e alertou que essas taxas podem alcançar até 100%.

A estratégia, segundo Rutte, visa ampliar a pressão internacional sobre o Kremlin, utilizando a rede de aliados e parceiros comerciais da Rússia como meio de dissuasão. O foco em Brasil, Índia e China também reflete a crescente tensão entre o Ocidente e os países que compõem o grupo Brics, frequentemente citado por Trump de forma crítica em seus discursos.

Tensões com o Brasil se agravam

O Brasil, em particular, já enfrenta medidas econômicas por parte dos Estados Unidos. No último dia 9 de julho, o governo norte-americano anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao território americano.

Em correspondência enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump justificou a nova taxação como resposta à condução do processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de liderar uma tentativa de golpe após as eleições de 2022.

A medida, segundo a Casa Branca, entrará em vigor a partir de 1º de agosto, acentuando o clima de instabilidade nas relações entre Washington e Brasília.

Da redação Estrutural On-line

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